A memória coletiva do Colégio Júlio de Castilhos (1964-1985), histórias de resistência e ferramenta de ensino: proposta pedagógica para a musealização da memória juliana

Abstract

A presente dissertação busca refletir sobre as possiblidades de usos da memória e da história do Colégio Júlio de Castilhos durante o período de vigência do governo ditatorial (1964-1985) no ensino de História do Brasil nas disciplinas de História e Sociologia. Musealizar o rico patrimônio material e imaterial que o colégio detém se configura como uma necessidade premente na preservação da história brasileira, principalmente deste período tão sensível. A pesquisa buscou sensibilizar os estudantes frente as memórias julianas da ditadura e as consequências de viver sob uma ditadura de caráter repressivo e controlador. A pandemia do coronavírus trouxe um contexto de desagregação das relações educacionais, com estudantes e professores confinados em suas casas e temerosos por sua saúde e enfrentando dificuldades de inúmeras ordens para desenvolver os processos de ensino-aprendizagem no modelo de distanciamento social. No retorno as atividades presenciais ainda de modo parcial e fracionado, a pesquisa se desenvolveu a partir de práticas curriculares que buscaram abordar o desenvolvimento do estado brasileiro e especificamente durante os anos de 1964-1985 a partir da perspectiva da história do colégio. Infelizmente no contexto conturbado de retorno parcial dos estudantes e do processo eleitoral para direção da escola, a elaboração do museu virtual não foi possível, mas a elaboração teórica do projeto e o potencial pedagógico que trabalhar com a história da instituição demonstra, reforça a necessidade de desenvolver projetos de escola, que constem no Plano de Ação e que sejam voltados para a preservação do acervo histórico e memorialistico do Colégio Júlio de Castilhos.