Semeando Feminismo do Campo

Abstract

O texto apresenta a Dissertação de pesquisa vinculada à linha de formação de professores, do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Humanidades (PPGEH), do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES). A pesquisa desenvolvida teve como objetivo geral desvelar as condições e as contradições das realidades das mulheres do campo da região Capixaba das Três Santas (que abrangem os municípios de Santa Teresa, Santa Leopoldina e Santa Maria de Jetibá) evidenciando formas de autonomias/ liberdades/ resistências e/ou dependências/ sujeições/ submissões considerando a práxis do feminismo como tensionamento ao diálogo. Destacamos como norte de nosso trabalho de pesquisa a questão central: Quais as observações e indagações que as mulheres do campo fazem/se fazem sobre as relações de gênero e o papel/lugar da mulher no espaço campesino? Como elas se percebem enquanto mulher nesse espaço? Analisar as formas de agir e pensar das mulheres do campo da região estudada, sobre suas vivências, realidades e modos de vida, além de compreender as similaridades e diferenças, aproximações e distanciamentos das discussões e lutas dos movimentos feministas referentes às realidades das mulheres do campo, para pensar em um movimento Feminista do Campo. A pesquisa segue um caráter metodológico teóricoempírico e toma como base o método do Materialismo-Histórico-Dialético. Realizamos entrevistas semiestruturadas com as mulheres camponesas, trabalhamos com a metodologia denominada Snowball ou “Bola de Neve”, uma ferramenta que utiliza cadeias de referências, as primeiras entrevistadas indicaram de outras mulheres e assim sucessivamente. Esta dissertação tem o intuito de estimular as discussões sobre o Feminismo do Campo no ambiente escolar pensado na realidade campesina, reconhecer a urgência na escola e na sociedade para a necessidade ao diálogo sobre gênero e sexualidade. O Material Educativo é voltado para professoras(es) do campo. O Feminismo Marxista foi nossa sustentação teórica para pensar no feminismo e a sociedade que desejamos, uma sociedade mais justa e igualitária. Na práxis trabalhar as contradições, usando a dialética para refazer os posicionamentos de tensão.