EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA E A CONTRIBUIÇÃO DA PEDAGOGIA DECOLONIAL NO PROFHISTÓRIA: o samba- enredo do G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (2019) na proposta de fanzines

Abstract

O presente trabalho tem como objetivo discutir a importância da decolonialidade para a reflexão sobre as desigualdades raciais e o racismo visando promover uma proposta de educação antirracista como alternativa à lógica predominante do eurocentrismo. Neste sentido, operamos em fomentar uma discussão sobre a prática do ensino de História que levante as possibilidades de construção de uma educação antirracista tendo como referência os desdobramentos encaminhados pela “virada epistemológica” com base nos estudos decoloniais e a promoção de uma pedagogia decolonial. Para isso, nos propomos em analisar a importância das leis no 10.639/2003 e no 11.645/2008 para o espaço escolar com destaque para os currículos de história para o ensino médio da rede pública do Estado do Rio de Janeiro. O samba-enredo do G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira de 2019, “História para ninar gente grande”, torna-se a motivação para a elaboração e execução do “Duo de fanzines”, revistas artesanais produzidas pelos discentes da primeira série do ensino médio no sentido de contribuir para o desenvolvimento de práticas de ensino que pensem os efeitos da colonialidade na educação básica. O estudo tem como referência a minha atuação como professora de História no Colégio Estadual Hilton Gama, em São João de Meriti, que integra a rede pública de ensino do Estado do Rio de Janeiro no período compreendido entre os anos 2020 e 2022.