O Congo: entre memórias e saberes da Comunidade de Rio Claro

Abstract

Esta dissertação é vinculada à linha de pesquisa “Formação de Professores em Ensino de Humanidades”, do Curso de Mestrado Profissional em Ensino de Humanidades do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Humanidades - PPGEH, do Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Vitória. O objetivo geral da pesquisa é investigar os saberes populares de uma comunidade campesina a partir das memórias e narrativas dos moradores para subsidiar uma proposta de formação docente que valorize os saberes locais. A investigação deu-se a partir das “histórias de vida” de alguns moradores da comunidade. Além do exposto, desvelamos as peculiaridades, modos de vida, costumes e tradições campesinas entrelaçados às percepções dos docentes que atuam na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental - EMEIEF José Alberico Lantiman e Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio - EMEF Rio Claro. A pesquisa lançou mão dos pressupostos teóricos metodológicos de Paulo Freire (1980, 1996), Boa Ventura de Sousa Santos (2002; 2009) e Miguel Arroyo (1999; 2004), aportada na metodologia da História Oral, de José Carlos Sebe B. Meihy (2007). Recorreu às memórias para conhecer alguns saberes populares da comunidade de Rio Claro, no município de Guarapari-ES. Buscamos responder: A formação continuada para professores do campo pode contribuir para a inserção de saberes populares/tradicionais campesinos na trajetória escolar dos alunos? Diante da interrogativa outros desdobramentos contribuíram para a pesquisa como: a análise das narrativas e questionário respondido pelos professores que culminaram na validação de um documentário produzido na comunidade, intitulado “O Congo: entre Memórias e Saberes de Rio Claro”, material educativo fruto da pesquisa, que retrata algumas vivências do campo que podem contribuir no processo de um ensino significativo na Educação do Campo. Os resultados obtidos sinalizaram que alguns saberes populares foram apagados, outros estão em processo de apagamento e outros resistem ao tempo, à opressão e aos interesses dominantes. Neste processo investigativo o congo se desvela como identidade da comunidade.