Cotidiano Escolar: Mais que Muros - Volume 2

Abstract

O livro COTIDIANO ESCOLAR: mais que muros nº 2 tem a intencionalidade de continuarmos as discussões e apontamentos de temas relevantes para o cotidiano escolar, que perpassam os limites físicos dos muros que hoje cercam nossos ambientes escolares. Nesta edição, em especial, trataremos dos seguintes temas: a representação social de “polícia” por crianças que frequentam creche em favelas na cidade do Rio de Janeiro; a possibilidade de transformação da identidade profissional agentes educadores através do Programa Profuncionário; uma autoavaliação institucional do IFMT, que analisa a autoavaliação como busca de perspectivas acadêmicas e institucionais ou mero cumprimento de funções regulatórias dentro da instituição e por fim, um relato de experiência sobre a conectividade entre discentes e docentes durante a pandemia no IFMT – Campus Primavera do Leste. O primeiro capítulo investiga as representações sociais de polícia para crianças de uma creche na cidade do Rio de Janeiro, demonstrando que ela não inspira a confiança das crianças entrevistadas. O estudo aponta que questões relacionadas ao contexto de violência e precariedade econômica em que vivem foi fundamental para a compreensão da representação que têm da polícia. Essas percepções, de acordo com as autoras, interferem de forma direta e indireta nos processos de desenvolvimento educativo das crianças. Alertam para a necessidade de o poder público ater-se a essas questões. Terminam seu artigo tendo a certeza de que a pesquisa trouxe mais questões a serem discutidas do que conclusões a respeito do tema. O segundo capítulo apresenta o Programa Profuncionário e suas possibilidades de transformação da identidade profissional dos funcionários das escolas. No caso específico, analisam os alunos do Programa Profuncionário do IFMT – Campus Sorriso e as contribuições que os cursos ofertados geram aos concluintes. Através dos questionários respondidos, as autoras chegaram à conclusão de que o reconhecimento profissional se dá pela legitimação dos saberes e competências desses alunos, reconhecendo-os como educadores que participam ativamente dos processos educativos da escola, fortalecidos e emponderados com a formação técnica ofertado pelo programa. O terceiro capítulo trata das Políticas de Autoavaliação Institucional do IFMT, e busca analisar a percepção dos gestores, professores e alunos do Campus Campo Novo dos Parecis sobre o papel da autoavaliação institucional para a qualidade do ensino ofertado. Destacam no estudo a importância da autoavaliação como ferramenta de gestão que impacta na melhoria dos serviços ofertados, mas para isso a mesma deve ser executada a contento, com o intuito de cumprir com os objetivos propostos pela instituição, sendo formativa, com a participação de toda a comunidade acadêmica e que seja fortalecida a cultura da autoavaliação. O quarto capítulo relata a experiência no IFMT Campus Primavera do Leste com a conectividade entre os discentes e docentes nas aulas durante o período pandêmico, apontando os percalços e caminhos que a instituição tomou para superar a falta de conectividade e aparelhos para serem trabalhadas as aulas online durante o período de isolamento social. Esperamos que a leitura seja agradável e profícua e que os questionamentos apontados possam provocar a busca por novas respostas, por novos estudos e perspectivas para uma educação que prime pela inclusão de todos e todas no ato de ensinar e aprender.