Pluralidades Geográficas: Descomplicando a Geografia Política

Abstract

Com o êxito obtido na construção de um material didático a partir das tiras da Mafalda, o website, no intuito de facilitar o ensino de Geografia Política nos anos finais do Ensino Fundamental, os eixos de continuidade da pesquisa, autorizada pelo programa de bolsas da Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES) foram direcionados à aplicação das propostas de transposição didática em salas de aula de oitavo e nono ano, possibilitando a difusão de linguagens de ensino e TICs nas aulas de Geografia. Para cumprir esta etapa, nossas metodologias consistiram na análise de dados qualitativos e quantitativos efetivados a partir de questionários operados junto aos professores e alunos, dispondo de questões inerentes à temática deste projeto. Além do mais, uma sólida base teórica, dando sequência à consistente bibliografia presente no trabalho anterior, colaboraram para o alcance de nossos objetivos. Entre os autores consultados no decorrer do percurso analítico, destacamos Sandra Castellar (2010) e Lana Cavalcanti (2015), prosseguindo com suas contribuições no tocante da Geografia Escolar; Vani Moreira Kenski (2015) com reflexões pertinentes acerca de argumentos relativos à estrutura da escola; e Maria Laura P. B. Franco (2007), agregando através de procedimentos e métodos de pesquisa relevantes para a categorização e organização dos dados coletados neste trabalho. Com o processo de aplicação das atividades em sala de aula e a investigação viabilizada com os educadores e educandos, tornou-se possível visualizar, com maior clareza, os percalços e contradições existentes no ensino de Geografia na atualidade, permitindo a identificação de determinadas falhas no processo de ensino-aprendizagem que impactam na apropriação de conteúdo. A percepção simplista e generalizada dos estudantes mediante à uma ciência tão ampla como a Geografia se destaca como um dos maiores impasses, uma vez que a desmistificação deste estigma é um desafio para os docentes. Para tal, acreditamos que a aplicabilidade do nosso produto, com diversas linguagens e tecnologias, corrobora para uma educação geográfica que seja edificante e aproxime os educandos do componente curricular, minimizando os ideais tradicionais incorporados nos discursos proferidos sobre a Geografia. Para mais, presumimos que o sucesso conquistado com a práticas propostas nas turmas de oitavo e nono ano, como se verá nesta pesquisa, refletem diretamente na iminência de renovações das metodologias didático-pedagógicas pelas instituições de ensino e o corpo docente, afastando-se de estratégias maçantes e incoerentes para aderir a procedimentos dinâmicos que desenvolvam o raciocínio geográfico com propriedade.