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Metadados | Descrição | Idioma |
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Autor(es): dc.contributor.author | Paiva, Ellen Caroline Vieira de | - |
Data de aceite: dc.date.accessioned | 2022-08-08T17:17:57Z | - |
Data de disponibilização: dc.date.available | 2022-08-08T17:17:57Z | - |
Data de envio: dc.date.issued | 2022-07-20 | - |
Fonte: dc.identifier.uri | http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/713068 | - |
Resumo: dc.description.abstract | Como resultado de pesquisa, este livro consiste em produção acadêmica de conteúdo inovador que peculiarmente avulta, em sua forma, a cautela da pesquisadora em manter um notável afastamento metodológico nos procedimentos requeridos por cada um dos seus objetivos específicos. Como tal, já seria o produto de um trabalho bem sucedido naquilo a que se propôs. Todavia, essa diligência investigativa se revela como ainda mais profunda ao longo do avanço da leitura, como aquela conhecida habilidade dos escritores de provocar processos de imersão no seu leitor, suscitando-lhe incontinenti a pergunta pelo porquê de tal estratégia de escrita. Essa constatação parece ser uma forma adequada de apresentar este trabalho, uma vez que revela tanto as especialidades dos seus elementos inéditos quanto as idiossincrasias autorais de quem o escreveu. Esse estudo sobre verossimilhança e paratextualidade no texto literário- filosófico, Júlia ou a nova Heloísa (1761), dá-se manifestamente na tensão entre o ideal rousseauniano de proximidade na produção em si dessa realidade ficcional e a distância dessa dimensão estética pelo confronto com as imagens de sua composição textual. Em face da escrita envolvente das cartas trocadas entre os dois amantes da cidadezinha ao pé dos Alpes, a abordagem de Lussandra Barbosa de Carvalho parece se lançar ao desafio de manter, em seu texto acadêmico, a mesma vivacidade tensional entre ficção e realidade que Rousseau imprimira em seu escrito. Tal tensão investigativa na abordagem ocorre como derivação do conflito do próprio romance: o autor genebrino utiliza a linguagem dos sentimentos para convocar seu leitor a algumas de suas reflexões filosóficas. Com essa premissa, a investigadora estabelece camadas dimensionais de confronto com seu objeto de pesquisa que, a propósito, é uma obra literária. Nesse sentido, o leitor deste livro é convidado em seu próprio espaço-tempo a apreciá-lo segundo um lento processo de aproximação, desde sua capa, dorso, folha de rosto para, progressivamente, adentrar seu texto, imiscuindo-se no mundo, no lugar, no espaço-tempo, no imaginário onde os sentimentos e peripécias narrativas suscitam as reflexões propostas pelo escritor-filósofo do romance. Assim, o capítulo inicial do presente trabalho é descritivo e discursivo, contextualizando histórica e pragmaticamente o imaginário da época, a condição estética da leitura de romances e as circunstâncias específicas nas quais Rousseau lança sua Nova Heloísa em distintos τόποι do século XVIII. Estabelecidas as compreensões histórico-conceituais fundamentais, o leitor se encontra em condições de distanciamento analítico para, no capítulo seguinte, defrontarse com a tensão fundamental inovadora do trabalho, qual seja, a análise das imagens ilustrativas da edição de 1761. Sensibilizando-o, as doze ilustrações o reaproximam do mundo de Júlia e Saint-Preux, restabelecendo os vínculos estéticos-literários dessa dimensão hermenêutica. Essa abordagem estratégica, contudo, avança em sentido contrário, rumo a um novo afastamento analítico-reflexivo: tratadas como elementos paratextuais, as ilustrações do romance são integradas ao histórico pragmático do uso de imagens em livros, desde sua origem até o século XVIII. Em tais condições de “razão e sensibilidade”, torna-se assim possível para Barbosa de Carvalho concluir os objetivos de seu segundo capítulo com interpretações detalhistas para cada uma das imagens. Ainda nessa seção do trabalho também são analisadas comparativa e discursivamente algumas ilustrações de edições posteriores. Ressalte-se que as dinâmicas de análise estabelecidas nos dois primeiros capítulos possibilitam os mecanismos analítico-reflexivos de caracterização do imaginário do século XVIII que a pesquisa requer. A investigadora demonstra, então, que seu estudo lhe forneceu dados suficientes para, no capítulo final, fazer sua interpretação transitar livremente na tensão entre as proximidades estéticas da narrativa e os distanciamentos teórico-metodológicos do trabalho realizado. É, então, que nesta terceira parte discute a geograficidade da forma de vida do personagem Saint-Preux dentro do escopo histórico-cultural da modernidade. Destaca-se a interdisciplinaridade da análise tanto nas aproximações etnológicas e de identidade mais recônditas e restritas dessa forma de vida ficcional, quanto nas perspectivas distanciadas de observação, com a inserção do personagem em topologias mais amplas. Cumpre, finalmente, considerar que essa abordagem tensional, que aproxima e afasta quem lê e quem escreve na leitura e na escrita do mundo como texto e como imagem, é uma idiossincrasia autoral de Lussandra Barbosa de Carvalho. Também como escritora e ilustradora, ela costuma provocar em sua produção literária essa mesma dinâmica. Neste caso, trata-se de estratégia e convite à imersão estética; um convite distante a uma profunda aproximação! Em um tal ponto, abordagem tensional e estratégia narrativa se tornam o mesmo em sua escrita – como na obra de Rousseau sob comento e no presente estudo sobre ela nas páginas a seguir ... | pt_BR |
Idioma: dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
Palavras-chave: dc.subject | ROUSSEAU | pt_BR |
Título: dc.title | Paratextualidade em a Nova Heloísa de Rousseau: Filosofia, literatura, imagem e geograficidade (Atena Editora) | pt_BR |
Tipo de arquivo: dc.type | livro digital | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Livros digitais |
Arquivos associados: | ||||
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Paratextualidade.pdf | 2.64 MB | Adobe PDF | /bitstream/capes/713068/1/Paratextualidade.pdfDownload |
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