PERFIL E ESTADO DE SAÚDE PÓS-PARTO DOS NASCIDOS VIVOS DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA MATERNA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM FORTALEZA-CE

Abstract

A gravidez é uma fase de mudanças no âmbito biológico, social, somático e psicológico devendo-se, portanto, observar a importância da correlação entre idade materna e resultados perinatais. A idade da concepção e o acompanhamento assistencial pré e perinatal são fatores que podem interferir no estado de saúde da gestante e, sobretudo, do neonato ao nascimento. Assim, o objetivo desse estudo foi pesquisar a relação do perfil e do estado de saúde pós-parto dos recém-nascidos (RN) de acordo com a faixa etária materna. Estudo retrospectivo, documental, quantitativo e analítico desenvolvido com neonatos admitidos na UTI neonatal de um hospital em Fortaleza. A amostra: 770 prontuários de pacientes, sendo a faixa etária com maior número de nascidos entre 22 e 24 anos (52,4%); 51,4% das mães realizaram de 1 a 6 consultas pré-natais; 40,8% dos recém-nascidos tinham baixo peso; 41,6% são pré-termo tardio; 72% dos partos foram cesáreos; independente da faixa etária materna, o índice de Apgar do primeiro e quinto minuto foram 8 e 9, respectivamente; as intercorrências mais frequentes são síndrome do desconforto respiratório (65,6%), prematuridade (48,8%), hipoglicemia (7,1%) e icterícia (2,6%); a manobra de reanimação mais executada na sala de parto foi ventilação balão e máscara (17,5%). Os resultados mostraram que mães com idade menor que 16 anos e maior que 40 anos realizam um maior número de consultas pré-natal que mulheres em extremos de idade, sendo esse dado relevante estatisticamente (p=0,000). A frequência de partos vaginais foi superior a de cesarianas na faixa etária materna de menor de 16 anos, sendo que a frequência de partos abdominais evoluiu em crescimento, apresentando-se mais elevada, em detrimento da frequência de partos vaginais, na faixa etária maior de 40 anos, sendo este predomínio estatisticamente significativo (p=0,014).