História Local e Educação Patrimonial no ensino de História: Maragogipinho e sua cultura ceramista como patrimônio vivo da Bahia.

Abstract

O presente trabalho tem como objeto de análise a comunidade de Maragogipinho, na cidade de Aratuípe, na sua relação com a atividade ceramista, aqui destacada como patrimônio vivo e compreendida como importante espaço para o ensino e valorização da história local e a construção de saber histórico escolar. Esse espaço permite o trabalho com fontes diversificadas de análise e estudo da história, além da possibilidade de efetivação de uma prática docente sustentada na utilização de temáticas mais próximas do universo cultural e social dos estudantes. Buscamos analisar alternativas metodológicas para o ensino de história e a consequente construção de conhecimento histórico escolar com ênfase na abordagem da História local, destacando essa comunidade nas suas práticas e vivências ligadas à atividade ceramista, considerando a relação entre o ensino/aprendizagem de história, memória, patrimônio e educação patrimonial, contribuindo para fomentar entre os estudantes uma cultura de valorização da memória, bem como do patrimônio histórico e cultural. Relatamos aqui, a experiência em proposta de intervenção a partir da realização de um conjunto de atividades com estudantes do 9º ano da Escola Municipal Professora Luciana Góes de Jesus, localizada na cidade de Aratuípe, cuja proposição pode também se constituir em sugestões para o trabalho docente no âmbito do ensino de História. Nesse sentido, apresentamos a trajetória de construção do conjunto de atividades que, a partir da utilização da educação patrimonial, pretende ajudar a fomentar e incentivar o desenvolvimento de um debate permanente sobre as diferentes possibilidades para tornar o processo de construção do saber histórico escolar uma tarefa possível e efetivamente significativa nas nossas “salas de aula”.