“E percebi que minha família estava usando cabelo afro”: ensino de história, cabelo crespo e racismo

Abstract

Podemos perceber que a sociedade brasileira contemporânea é formada por uma grande diversidade, seja ela racial, social ou cultural. Dessa forma, parte-se do pressuposto de que essa diversidade vem ou deveria vir acompanhada de igualdade entre todos os seus segmentos. Como exemplo, podemos citar a escola, um ambiente com uma multiplicidade de pessoas, em que a promoção do respeito às diferenças deveria prevalecer. Mas nem sempre as coisas acontecem dessa forma, visto que, nela, nos deparamos com casos de exclusão, preconceito e racismo para com e entre alunos, professores e funcionários. Nesse sentido, esse trabalho objetivou a concepção de um grupo de estudos com alunos(as) da Escola Roberto Coelho Pedroso, em Três Rios (RJ), que vise a pensar, através da temática do cabelo, a criação de estratégias de combate a todo tipo de preconceitos e termos pejorativos que sejam atribuídos ao cabelo crespo. O grupo de estudos pretende contribuir para uma consciência histórica e construir ferramentas para se pensar não só um ambiente escolar, mas também uma sociedade onde seja possível a promoção da igualdade racial e o combate a práticas racistas.