Tecnologias de Informação e Comunicação Como Estratégia de Mobilização Estudantil: Educação Libertadora e Protagonismo Para Estudantes Agentes de Transformação Social

Abstract

Esta pesquisa qualitativa, de cunho revisional e exploratório, da linha de Práticas Pedagógicas do Programa de Pós-graduação em Ensino de Humanidades do Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Vitória, investiga o potencial transformador das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) como possíveis ferramentas promotoras de uma educação nos moldes libertários. Ancorando este trabalho no materialismo histórico-dialético, utilizamos em nossa abordagem técnicas da pedagogia popular freireana, incentivando, assim, a construção coletiva de um projeto de comunicação voltado para alunos de uma escola pública de Ensino Fundamental. Sem renunciar a uma práxis que, alinhando docência e pesquisa, insere-se na realidade escolar, o projeto foi baseado no uso das TIC como recursos potentes frente à produção de conteúdos audiovisuais relevantes para aqueles e aquelas que compõem determinada comunidade escolar. Dada a realidade da pandemia da Covid-19 e a impossibilidade de acesso aos alunos, bem como as incertezas metodológicas e didático- pedagógicas da escolarização nesse momento, optou-se por um estudo propositivo tendo por base a literatura e as experiências docentes como elementos para a construção do material educativo. Desenvolvemos, nesta seara compreensiva, um produto educativo em formato de e-book, visando a apresentar os pressupostos básicos de nossa reflexão e ao incentivo da construção de projetos escolares em espaços formais e não-formais da Educação Pública que valorizem a perspectiva do protagonismo e da educação libertadora, potencializados a partir do uso das TIC, hoje já tão difundidas no meio escolar. Concluímos que as TIC se configuram como um instrumental metodológico potente para que se impulsione a alfabetização do mundo vivido, de modo a se edificar a crítica e a emancipação dos jovens protagonistas da realidadepor meio da “palavra iluminada”, nos termos da Pedagogia Libertadora.