Domínio Canindé: novos dados geológicos, metalogenéticos e geotectônicos

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributor.authorPassos(ORG), Luiz Henrique-
Autor(es): dc.contributor.authorLenz(ORG), Cristine-
Autor(es): dc.contributor.authorPinto(ORG), Viter Magalhães-
Autor(es): dc.contributor.authorMachado(ORG), Tercio Graciano-
Data de aceite: dc.date.accessioned2022-04-01T19:44:08Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2022-04-01T19:44:08Z-
Data de envio: dc.date.issued2022-03-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/700851-
Resumo: dc.description.abstractA geologia do extremo noroeste do estado de Sergipe atrai pesquisas a muitos anos, tanto pela questão econômica, com importantes mineralizações de Fe e Ti, como pela questão de complexidade litológica, estrutural e geotectônica dessa região, que representa o limite noroeste do Cinturão Sergipano. Inúmeros trabalhos foram realizados na região ao longo dos anos, entretanto, trabalhos de mapeamento geológico de detalhe são raros, sendo que ao longo desse livro serão apresentados resultados do mapeamento de duas áreas, em escala 1:50.000, na região central do Domínio Canindé, Cinturão Sergipano. No Domínio Canindé afloram rochas de idades meso a neoproterozóicas, ocorrendo uma sequência de rochas metavulcanossedimentares (Unidade Novo Gosto), intrudidas por uma suíte gabróica (Suíte Intrusiva Canindé), e um complexo de rochas bimodais (Unidade Gentileza), além de granitoides diversos. Essas rochas foram afetadas por metamorfismo da fácies anfibolito com retrometamorfismo para fácies xisto verde. A foliação regional possui direção preferencial NW-SE, semelhante a direção da zona de cisalhamento Mulungu-Alto Bonito. Ocorrem comumente dobras de grandes amplitudes superpostas, cujos eixos são deslocados por falhamentos transcorrentes sinistrais NE-SW, ao londo de toda a região de estudo. Através de estudos petrográficos foi possível integrar e subdivir os litotipos da primeira área mapeada, de acordo com suas afinidades genéticas em quatro unidades: Granitóide Tipo Garrote, Unidade Novo Gosto-Mulungu, Suíte Gabróica Canindé e Suíte Ígnea Bimodal Gentileza Curralinho. Na segunda área mapeada ocorrem metabasaltos e metadiabásios da Unidade Gentileza, dos anfibolitos, metagrauvaca, metapelito, metassiltito, metachert, xisto, grafita-xisto, mármore, rochas calciossilicáticas da Unidade Novo Gosto, do olivina gabro-norito, leucogabro, anortosito, troctolito, norito e peridotito da Suíte Intrusiva Canindé e os diversos granitóides neoproterozóicos, Boa Esperança, Serrota, Garrote, Curralinho e Xingó. Além do mapeamento em detalhe, estudos relacionados às mineralizações são de extrema importância, porém também de grande complexidade. O terceito trabalho desse livro aborda sobre a mineralização de Fe-Ti na Suíte Intrusiva Canindé onde foram individualizadas três unidades principais de norte a sul: a Unidade I, com melanotroctolito e olivina gabro/gabronorito, a Unidade II, com gabro e (leuco)troctolito, e a Unidade III mineralizada Fe-Ti contém leucogabro com lentes de gabro pegmatítico, apatita gabro, hornblenda gabro, Fe-diorito, óxido-gabro e cumulados de óxidos de Fe-Ti e magnetita/hematita. A mineralizada Unidade III contém magnetita de baixo Cr e ilmenita ± hercinita ocorrendo disseminada e como mineralização maciça em camadas e lentes associadas a leucogabros, próximo às auréolas de contato com as rochas cálcio-silicatadas e anfibolitos encaixantes. Zircões datados pelo método U-Pb em LA-ICP-MS de um gabro da Unidade II resultou numa idade de 703,5 ± 1,6 Ma. As rochas da Suíte Intrusiva Canindé foram interpretadas como resultantes de processos formadores de cumulus, com alguma assimilação nas zonas de contato. Por fim, sulfetos de Ni-Cu foram identificados nas porções intermediárias e associadas a zonas de cisalhamento, mas não foram encontradas concentrações possivelmente econômicas, assim mais estudos ainda são necessários para avaliar o potencial de recursos tanto de sulfetos como Cr-PGE em porções inferiores não expostas. Todos esses complexos e suítes foram formados durante o Neoproterozóico em um ambiente ainda sem consenso. No trabalho final desse livro é apresentada uma revisão de todos os ambientes geotectônicos já sugeridos para essa região ao longo dos últimos 50 anos e finalmente, dados comparativos de assinaturas geoquímicas de diferentes ambientes tectônicos modernos e das rochas básicas-intermediárias das Unidades Novo Gosto e Gentileza. Os ambientes modernos com maior compatibilidade geoquímica com as rochas da Unidade Novo Gosto os de arco continental (tipo Andes Sul), apresentando padrão geoquímico semelhante e enriquecimento muito semelhante. Dados geoquímicos de arcos de ilha e retroarcos atuais indicaram padrão e enriquecimento semelhante e muito semelhante, respecivamente. Para as rochas da Unidade Gentileza, a maior compatibilidade ocorreu com as rochas do rifte Basin and Range (EUA), com padrão e enriquecimento muito semelhantes. Nessas rochas, o padrão geoquímico de ambientes relacionados a arco mostra similaridades, ao contrário do enriquecimento. Percebe-se, portanto, que as rochas das duas unidades estudadas têm sua gênese ligada à influência de uma zona de subducção, podendo ser essa zona a responsável diretamente pela formação dessas rochas (ambiente de arco magmático + retroarco), ou serem zonas de subducção antigas ou adjacentes que imprimiram a assinatura de subducção no manto sublitosférico da região.pt_BR
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Título: dc.titleDomínio Canindé: novos dados geológicos, metalogenéticos e geotectônicospt_BR
Tipo de arquivo: dc.typelivro digitalpt_BR
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