Ideias para mudar a cara da universidade : diálogos sobre pesquisas e(m) memórias das lutas por acesso à UESC

Registro completo de metadados
MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributor.authorMendes (ORG), Maíra Tavares-
Autor(es): dc.contributor.authorSantos (ORG), Maria Rita-
Data de aceite: dc.date.accessioned2021-12-07T12:15:35Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2021-12-07T12:15:35Z-
Data de envio: dc.date.issued2021-12-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/643797-
Resumo: dc.description.abstractEsta obra é indicada, especialmente, às pessoas esperançosas e que se mantêm em constante posição de luta contra todas as formas de desigualdades sociais. Sua publicação acontece em um momento crucial, configurado pelos ataques às Ações Afirmativas construídas ao longo de duas décadas pelo Movimento Social Negro, por meio de diálogos democráticos e constantes com a sociedade. Correspondendo ao seu título” Ideias para mudar a cara da universidade: diálogos sobre pesquisas e(m) memórias das lutas por acesso à UESC” nos oferece um conjunto de conhecimentos encorajadores produzidos por pesquisador@s vinculadas ao debate antirracista, que para além do desencanto e inconformismo apresentam propostas de enfrentamento à negligência do Estado brasileiro em relação a situação educacional da população negra. Os argumentos históricos, teóricos e metodológicos presentes nos diferentes artigos parecem desvelar a arquitetura de uma ponte cujo fundamento é o “Resgate Ancestral’ que se concretiza por meio de diferentes estratégias, uma delas tem sido o desembarque de jovens negros e negras nos espaços das universidades públicas. As primeiras estratégias desta travessia foram lideradas, à época, por pesquisador@s/ militantes por meio da criação dos denominados “Cursinhos Populares ou Pré-universitários para Negros e Excluídos” (PRUNE). Este modelo autônomo de instituição se espalhou por diversas regiões do Brasil a partir de 2004, e pressionaram o Estado criar alternativas a exemplo da Universidade Para Todos (UPT) e Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Federais e Estaduais de Educação Superior (UNIAFRO). As experiências dos coordenad@res e discentes que passaram pelas referidas instituições são descritas em três seções que receberam hábil e estrategicamente os seguintes títulos: “Por que (Não) ingressam? Por que (Não) permanecem? Por que (não) concluem? Estas denominações suscitam e compensam a leitura desta obra, porque nos permite tanto perceber as dolorosas consequências dos “Nãos” que os negros ouvem a cada passo da sua caminhada, como também sentir o prazer nos pequenos avanços que têm beneficiado um conjunto de pessoas, oriundas de famílias historicamente excluídas, que conseguiram, por meio de seus filhos e filhas, começar a derrubar uma das grandes torres da meritocracia. Entretanto, no transcorrer da leitura é possível observar que a tarefa de ingressar, permanecer e concluir, não estão vinculadas somente às conquistas profissionais ou ao alcance de títulos de mestre e doutor. Parece que no processo de formação elas são substituídas pela necessidade e o desejo em dar continuidade a travessia de outros, dos muitos que ainda estão fora. Por esta razão, talvez, parte expressiva dos negr@s que chegam à universidade tem se dedicado, com muito prazer ao “Resgaste da ancestralidade negra” e com rigor a produção de saberes não-hegemônicos que contemplam a diversidade humana e promovem a justiça social. Dentro deste contexto podemos afirmar que esta obra ultrapassa suas perspectivas iniciais. Caminhando para além de ideias e memórias de dor e alegria, ela nos apresenta um conjunto de propostas de transformação social, cabível nos variados contextos educacionais. Por estas razões indico sua leitura como uma das medidas metodológicas que possibilita a renovação da esperança.pt_BR
Idioma: dc.language.isopt_BRpt_BR
Direitos: dc.rightsAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazil*
Licença: dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/*
Título: dc.titleIdeias para mudar a cara da universidade : diálogos sobre pesquisas e(m) memórias das lutas por acesso à UESCpt_BR
Tipo de arquivo: dc.typelivro digitalpt_BR
Aparece nas coleções:Livros digitais


Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons