Uma visão ampliada da obesidade: Reflexões sobre o cuidado na atenção básica 2 (Atena Editora)

Abstract

Peço agora a vocês que aqui estão

Nesse tempo que entristece e desanima

Um momento breve de sua atenção

Pois aqui eu trago o verso e trago a rima

Invadindo sua tela chego agora

Vou falar de algo com sinceridade

Da batalha pelo SUS universal

Contra o atraso da doença e da maldade

Muito tempo se passou até que a luta

Somou forças, argumentos e avançou

Foi na 8ª Conferência de Saúde

Que o Brasil se deu as mãos, se levantou

A saúde deveria realmente

Ser conquista para sempre universal

Dever do Estado, equânime, com qualidade

Como estava era muito desigual

Foi de lá que o país soube avançar,

E desde lá o país soube entender,

Audiências, passeatas, manifestos,

Foi o texto sendo escrito pra valer

A saúde não seria filha única

Pois viria num desenho essencial

Com a assistência ao lado da previdência

Juntas na Seguridade Social

No começo de conversa decidiu-se

Que a base tinha que ter fundamento

30% então da Seguridade

Sustentando na saúde o investimento

Esse passo foi escrito, mas contudo

Nós só vimos abandono desde então

Nenhum governo aplicou esse montante

A facada na saúde a pôs no chão

A PELEJA DO SUS UNIVERSAL

CONTRA O ATRASO DA DOENÇA

E DA MALDADE

Todo tipo de maldade aprontaram

Concedendo muita desoneração

O dinheiro da saúde nos roubaram

Com apoio da brutal sonegação

Construída em etapas de atenção,

A saúde também viu coisas danosas

Viu escolhas econômicas perversas,

Tais ações sempre foram criminosas

Não se tem reforma urbana no país,

É uma luta o direito à cidade

Saneamento nunca foi universal

E a água nunca teve qualidade

Desemprego, renda pouca e

concentrada

São também causas desse sofrimento

Sem comida e segurança alimentar

As famílias sofrem muito, assim não dá

A saúde é atacada, é um tormento

Feito orquestra quando está desafinada

Os pilares da saúde vão ao chão

Sem emprego, alimento e moradia

Sem lazer, saneamento e alegria

Nossa gente nunca tem sossego não

Já cantava o poeta maranhense

Que à luta pela terra dá valor

Não tem jeito que dê jeito

E só tem jeito meu irmão

Entrar na marra na praça e no interior

Olhei na frente e vi a realidade e a

maldade,

Mas a verdade está no trabalhador

Pois é assim que tem sido a resistência

De quem quer a saúde universal

Foi assim desde a 8ª Conferência

Pois a mercantilização é um grande mal

Nas aldeias e nas terras quilombolas,

É nos morros, e é na periferia

Nas cidades, sejam grandes ou pequenas

Que a luta pelo SUS se irradia

Sua porta de entrada é pela base

Tem que ser primária sua atenção

Estratégia de saúde da família

Com orçamento verdadeiro, maravilha

Para o SUS florescer em nosso chão

Se sabemos que está do nosso lado

Bem sabemos que está na contramão

Combatemos a força dos poderosos

Que só pensam na mercantilização

Preocupam-se em derrubar o SUS

Pois para eles a doença é um ativo

Quanto mais então o SUS for desmontado,

Esquecido e subfinanciado

Eles ganham rios de dinheiro vivo

Combatemos a ganância dos mercados

Sua indústria de alimentos venenosos

Engrenagem a favor da obesidade

Com discursos toda vida mentirosos

A comida toda pronta e processada

Abusando do açúcar e do sal

Para as crianças é biscoito e salgadinho

Pense numa porcaria que faz mal

Eis então um retrato da jornada

Que enfrentamos com toda disposição

31 anos do SUS, Ecoa SUS

Vamos juntos do litoral ao sertão

Nas aldeias, com os povos quilombolas

Derrotando quem está na contramão

Nesses tempos tão cruéis de pandemia,

Negacionismos, barbárie e ignorância

De ataques à ciência e cloroquina, e o

SUS quem demonstra relevância

A peleja do SUS não se ajoelha

A peleja do SUS ela é valente

Para ser universal ter qualidade

É preciso da força de nossa gente

Sendo assim por aqui eu me despeço,

Vou deixando um convite persistente,

Todos juntos, somos flecha, somos arco,

Somos vento por um SUS no mesmo barco,

Vem fazer forte o SUS bem consciente!