ESPELHO, ESPELHO MEU: O PROCESSO DE (RE)CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE ÉTNICO RACIAL NA INFÂNCIA POR INTERMÉDIO DA LITERATURA INFANTIL

Abstract

De onde o “espelho”surgiu: explicando o porquê deste produto Há muito, mulheres e homens, engajados em combater o racismo na sociedade, buscam na educação escolar um caminho em que a discriminação racial, o racismo e o preconceito não estejam presentes. Como professora branca, sempre tive o desejo de contribuir, pois via de perto conflitos e práticas que evidenciavam o negro de maneira negativa no cotidiano escolar, ações naturalizadas que fortificavam o preconceito no âmbito escolar me fizeram ver que, como educadora, não bastava apenas querer fazer algo e não me mover. Era necessário buscar formação para que então me sentisse munida de conhecimento para colaborar de maneira segura. Fui em busca de formações que me conduziram constantes reflexões, considero que até então havia em mim assumido minha branquidade que, segundo Piza, é vista como “identidade branca negativa, ou seja, um movimento de negação da supremacia branca enquanto expressão de humanidade” (PIZA, 2005, p. 07).