FABACEAE do Cariri paraibano

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Autor(es): dc.contributor.authorQueiroz, Rubens Teixeira-
Data de aceite: dc.date.accessioned2021-05-06T11:58:40Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2021-05-06T11:58:40Z-
Data de envio: dc.date.issued2021-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://editorapantanal.com.br/ebooks.php?ebook_id=fabaceae-do-cariri-paraibano&ebook_ano=2021&ebook_caps=0&ebook_org=0-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/598851-
Resumo: dc.description.abstractApós minha jornada estudantil concluída, com algumas pedras contornadas e experiências acumuladas, retornei ao nordeste à Paraíba, próximo de minha terra potiguar. Abracei à docência com seus desafios e paradigmas. Foram semanas intensas aquelas entre setembro e novembro de 2013, pois trabalhava dia e noite para dar conta das atividades. Em meio a pressão, a professora Rita Baltazar me apresentou ao professor Bartolomeu Israel (Bartô) que é um dos maiores pesquisadores do Cariri paraibano. Naquela empolgação, fui convidado por Bartô, para conhecer o Cariri paraibano. Convite aceito, naquela mesma semana, passamos o sábado e o domingo nos Cariris Velhos. Naquela época, desconhecia a existência do Cariri na Paraíba, sendo o Cariri para mim, uma região Cearense. Naquela tarde de novembro num sábado, chegamos ao Cariri onde vi pela primeira vez a Caatinga cuja vegetação estava totalmente árida, até me emocionei ao rever as terras semiáridas nordestinas. Visitamos os a serra do Pindurão no município de Camalaú e a bacia Escola em São João do Cariri. No campo, aprendi bastante com as explanações de Bartolomeu que eram muito didáticas e realmente conhecia o Cariri da Paraíba a fundo. Naquele campo, iniciamos uma parceria onde fiquei encarregado em estudar a flora, me tornando novo membro do Grupo de Estudos do Semiárido GESA. As nossas pesquisas envolvem estudos com vegetação e flora a fim de entender a relação entre a ação antrópica e a modificação da paisagem. Buscamos conhecer as paisagens mais conservadas e próximas de ambientes naturais. Cremos que quanto mais arbórea e diversa em espécies vegetais for a paisagem mais natural e conservado é o ambiente. À primeira vista, o Cariri paraibano pareceu uma região homogênea com paisagens compostas de vegetação arbustiva rica em Cactáceas e Bromeliáceas. Entretanto, à medida que fui conhecendo minha percepção mudou completamente. Viajamos dezenas de vezes para reconhecimento de áreas, coleta de dados, coleta de material botânico e aula prática e participar de evento. Viajamos três vezes para reconhecer as áreas na Fazenda Salambaia, em Serra Branca e no Congo, onde se estabeleceu e o Serra da Engabelada como áreas para levantamento de vegetação. As coletas de dados por meio de levantamento rápido de flora foram realizadas na Fazenda Santa Clara, Fazenda Salambaia, RPPN Fazenda Almas, Serra da Engabelada, São Domingos e Serra do Paulo e Levantamento Santa Catarina. As coletas de material botânico e aulas práticas ocorreram na RPPN Fazenda Almas e Serra do Jatobá em Serra Branca. Por fim, foram realizados três eventos um na faz. Salambaia, um no Pai Mateus e o último no Assentamento Santa Catarina. A Salambaia foi selecionada para o estudo de vegetação devido a presença da vegetação arbórea e rica em diversidade de espécies. Entre as espécies a maior constituição era de plantas da mata arbórea como brejuís (Myroxylum peruiferum), ipês (Handroanthus impetiginosus), jatobás (Hymenaea rubriflora), olho-de-boi (Tocoyena sellowiana) e uvaias (Eugenia, Calyptranthes e Myrcia). A presença deste tipo de vegetação arbórea numa das áreas consideradas mais áridas do Brasil nos deixou muito empolgado. Na tentativa de entender esta complexidade foram realizados levantamentos de vegetação com os quais foi obtida uma gama de informações/dados que estão sendo usados no desenvolvimento de dissertações e teses. Para a construção destes levantamentos foram realizadas 12 viagens de campo àquela área. Nestes campos, obtivemos resultados sobre tipo de vegetação e composição florística, diferentes tipos de fitofisionomias, bem como dados de geografia física. Através dos dados levantados e as atividades realizadas foi criado o geoparque do Cariri. À medida que avançamos na construção do conhecimento, concluímos que são os afloramentos os responsáveis pela manutenção estreita faixa de vegetação diversa em espécies. Visto que no entorno dos afloramentos os solos são mais profundos e um maior aporte de água da rocha nos períodos chuvosos escoa pela rocha/lajedo para a base. Paralelamente ao levantamento de vegetação na Salambaia, iniciamos também levantamentos na Serra da Engabelada no Congo onde as condições físicas e vegetais eram semelhantes a Salambaia com muitos afloramentos e uma vegetação arbórea. No Congo foram realizadas seis expedições, fizemos os transectos numa das serras da Engabelada, porém não foi possível atingir o topo maior daquela serra. Organizamos uma jornada biogeográfica internacional reunindo pesquisadores de florestas secas em diversas partes do mundo. Darien Prado (Argentina), Irma Trejo (México), Rafael Câmara, Peio, News, Rakel Varela e Cristina (Espanha); Bartolomeu Israel, Eduardo Viana, Raquel (Paraíba), Gustavo, Rodrigo e Sueli Furlan (São Paulo). Fizemos ainda uma viagem de prospecção a Serra Branca, mas nos limitamos a esta única expedição por não ter encontrado uma vegetação bem conservada. Todavia tive oportunidade conhecer a diversidade de Fabaceae ao colaborar no desenvolvimento de um estudo recentemente publicado (Rodrigues et al. 2020). Na RPPN Fazenda Almas foram realizadas coletas de material botânico com Prof. Dra. Ana Paula Fortuna, professor Rivete Lima e os pesquisadores da Mark Olso e Julieta Olso da UNAM, Rafaela Forza (Jardim Botânico do Rio de Janeiro), Maurício Figueiras e Bianca Schindler (IFN), Luiz Henrique e Ricardo Pontes. Viagem de reconhecimento com Dra. Irma Trejo pesquisadora da UNAM. Na fazenda Almas realizei cinco aulas de campo com os alunos de biologia da UFPB. A RPPN fazenda Almas entre as áreas estudadas foi aquela mais preservada com uma grande heterogeneidade de ambientes. Na Serra do Paulo em São João do Tigre foram realizadas duas viagens para levantamento rápido de vegetação. Sem dúvidas esta área é a área mais atípica do Cariri Paraibano sendo em geral maior riqueza de espécies de zonas de mata úmida e subúmida, provavelmente em decorrência da altitude. Talvez esta área poderia ser classificada como um tipo de brejo de altitude. Recentemente, realizamos dois campos onde se realizou um evento jornadas biogeográficas de campo, evento e levantamento rápido de vegetação. Nas Jornadas de Biogeográficas de campo reuniram os professores Darien Prado (Argentina), Lúcio Cunha e Rui Jacinto (Portugal) e brasileiros, Dirce Suertegaray, Bartolomeu de Souza, Eduardo Viana, Pedro Viana, Rafael Xavier e Raquel Porto entre os campos estava o assentamento Santa Catarina em Monteiros. Em síntese, até o momento somam-se sete anos de estudos no Cariri Paraibano iniciado em 2013 estagnado em 2020 em decorrência da pandemia. Foram realizadas 41 viagens, sendo os lugares mais visitados Fazenda Salambaia (12 viagens), RPPN Fazenda Almas (11) e Congo (6). Foi construído um banco de dados referentes a vegetação que vem sendo estudado pelos alunos de Bartolomeu. Quanto aos registros fotográficos construímos um banco com 22.018 imagens. Durante as expedições um dos principais focos de minha pesquisa foi a família Fabaceae por ser minha principal linha de pesquisa. Realmente pensar a importância da família na composição da paisagem e perceber que de fato Fabaceae se trata de um dos elementos chaves na composição florística da Caatinga. Sendo esta família bem representada tanto no período de seca através da presença de arbustos, árvores e lianas, bem como sua imensa presença na época das chuvas quando predominam ervas e trepadeiras. Uma das maiores dificuldades se deu em decorrência dos anos áridos que somaram sua maioria, apenas a partir de 2018, pudemos reconhecer melhor a diversidade do estrato herbáceo, além disto houve o fato do pastoreio intenso que reduz imensamente a biomassa dos grupos herbáceos. Caso não existisse a RPPN Fazenda Almas, jamais reconheceríamos a real diversidade de Fabaceae no Cariri. Para além das descrições o ebook conta com um material extremamente ilustrado com pranchas para todas as espécies, bem como uma parte sobre a morfologia do grupo. Faço votos que seja útil no conhecimento das Fabaceae.pt_BR
Tipo de arquivo: dc.format.mimetypepdfpt_BR
Idioma: dc.language.isopt_BRpt_BR
Direitos: dc.rightsAttribution-NonCommercial 3.0 Brazil*
Licença: dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/br/*
Palavras-chave: dc.subject1. Botânica. 2. Plantas da caatinga – Identificaçãopt_BR
Título: dc.titleFABACEAE do Cariri paraibanopt_BR
Tipo de arquivo: dc.typelivro digitalpt_BR
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