Interferência do uso das redes sociais na apreensão de informações em universitários

Abstract

A criação e evolução das tecnologias móveis digitais (smartphones) propiciou um ambiente tecnológico com infinitas funções. Uma nova forma comunicação e interatividade, que permite o acesso rápido, fácil e instantâneo aos meios de informação e entretenimento. As tecnologias tornaram - se fundamentais, estando presente em todos os ambiente e contextos sociais, culturais, educacionais e políticos. Neste sentido, vieram a constituir importantes ferramentas no ambiente educacional, em vista que proporcionam um ambiente interativo na busca de saberes em meio ao processo de aprendizagem. Para tanto, debater sobre o processo de apreensão da informação por meios dos dispositivos móveis reforça conhecer melhor sobre a inserção e o conhecimento que as tecnologias móveis podem oferecer. A presente dissertação tem como objetivo compreender a interferência dos smartphones conectados às redes sociais durante a leitura quanto a apreensão de informação. Trata–se de um de um estudo de campo transversal, de caráter quase – experimental e abordagem quanti – qualitativa, realizada em duas fases. A primeira fase, composto por 67 discentes (grupo controle) do primeiro ano da graduação da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Universidade Luterana do Brasil – Tocantins (ULBRA - TO). A segunda fase, teve discentes no primeiro ano da graduação da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA campus Grajaú, com 22 participantes (grupo experimental). Os procedimentos de coleta foram aplicação de dois questionários. O primeiro, instrumento de coleta do perfil dos entrevistados e o segundo instrumento da pesquisa foi dividido em duas partes. Na primeira, um texto comum de duas páginas para leitura e a segunda parte um questionário composto por 10 (dez) questões fechadas com cinco assertivas para cada questão relacionadas ao texto. Nesta fase, os participantes do grupo experimental fizeram uso dos smartphones conectados às redes sociais durante a leitura. Estes foram interrompidos 3 vezes por um sinal sonoro, na qual acessaram as redes sociais e tiveram o tempo inicial e final de leitura e o tempo de resposta cronometrados. Os dados foram analisados em duas etapas: produção de informação quantitativa e a abordagem estatística descritiva. Quanto a caracterização da amostra, a faixa etária pesquisada no grupo controle tinha idade entre 17 e 52 anos e, o grupo experimental entre 16 e 24 anos. Todos os alunos faziam uso dos smartphones, na qual a maioria usavam para buscar informações e acessar as redes sociais. Percebemos que o uso dos smartphones conectados as redes constituiu uma interferência, com um aumento em 65% do tempo de leitura dos participantes, e que teve relação direta com a idade. Contudo essa pesquisa verificou que a interferência não apresenta uma correlação direta ao processo de apreender as informações visto que não teve relação direta com os acertos. Ademais, constatamos que ler por necessidade apresentou uma perceptível relação com a apreensão de informações. Verificamos que há vários determinantes no processo de aprendizagem, e que os jovens estão imersos nas tecnologias, contudo o uso das tecnologias devem ser feitas com medidas e buscando explorar os aspectos positivos para a sua inserção na aprendizagem.