Overview de revisões sistemática e avaliação econômica de antifibróticos (nintedanib e pirfenidona) no tratamento da Fibrose Pulmonar Idiopática

Abstract

O tratamento da Fibrose Pulmonar Idiopática ainda é limitado e desafiador. Diretrizes médicas aconselham o manejo de FPI por meio de medidas não farmacológicas (oxigênio suplementar, reabilitação pulmonar), transplante de pulmão e tratamento farmacológico. Recentemente tal tratamento foi suplementado pelos medicamentos antifibróticos, nintedanibe e pirfenidona, que visam melhorar o quadro patológico e promover aumento no tempo de sobrevida dos pacientes. O estudo tem como objetivo sintetizar evidências científicas sobre a efetividade, segurança e eficiência do uso do nintedanibe e da pirfenidona em pacientes com Fibrose Pulmonar Idiopática. Realizou-se um Overview de Revisões Sistemáticas – com e sem metanálises – e de Estudos de Avaliação Econômica, para a qual se utilizou as bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, Cochrane, Database of Systematic Reviews, Epistemonikos e Google Scholar. O recorte temporal compreendeu o período entre agosto de 2019 e setembro de 2019, fazendo uso dos descritores “Idiopathic Pulmonary Fibrosis”, “Pirfenidone” “Systematic Review”, “Meta-Analyses” e “Economic Evaluation”, provenientes do Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e do Medical Subject Headings (MeSH) e acrescidas dos operadores booleanos “OR” e “AND”. Os estudos foram avaliados para a qualidade metodológica e os resultados apresentados em síntese narrativa. Um total de 1038 artigos foram recuperados: 12 de Epistemonikos, 53 de Cochrane, 973 a partir de Google Scholar. Destes, foram selecionados 10 artigos: 06 revisões sistemáticas com metanálise, 01revisão sem metanálise e 3 avaliações econômicas. As evidências sugerem que a pirfenidona apresenta eficácia no risco de morte por todas as causas, bem como no risco de morte por FPI em 1 ano, sendo capaz de reduzir o risco de agravamento do quadro de dispneia, em comparação com placebo. No que tange ao nintedanibe os estudos demonstram retardo na progressão da FPI quando comparado ao placebo e redução significativa no risco de exacerbações agudas. Ambas as drogas parecem ser bem toleradas.