Universidade, formação e trabalho: implicações do isolamento social na rotina dos (as) estudantes do curso de pedagogia

Abstract

Esta obra socializa um conjunto de reflexões sobre as implicações do isolamento social derivado da crise de saúde pública provocada pela pandemia do novo coronavírus na vida universitária dos (as) estudantes do Curso de Pedagogia do Campus Universitário do Tocantins – Cametá, da Universidade Federal do Pará. Trata-se de uma investigação desenvolvida coletivamente por um grupo de pesquisadores, constituído por professores (as) e discentes, que reflete acerca do desafio de fazer pesquisa, no presente contexto, sobre o perfil socioeconômico dos (as) estudantes, sobre a função social da universidade, sobre as ações estatais e as políticas públicas implementadas para enfrentamento da pandemia, sobre as implicações no trabalho e na renda, assim como sobre as implicações para o processo formativo desses (as) discentes. O leitor vai encontrar nesta obra a socialização de um conjunto de reflexões, subsidiadas a partir de um banco de dados produzido por meio de questionário eletrônico aplicado a 178 estudantes do Curso de Pedagogia, além de ponderação fundamentada em autores de base crítica, defensores de uma concepção de educação ampla e humanizadora. A pandemia explicitou as profundas contradições que estruturam o modo de produção capitalista, principalmente nos países inseridos no contexto de exploração, como é o caso específico do Brasil. Além disso, a pandemia desafia em todos os sentidos, seja do ponto de vista individual e coletivo, atingindo de forma mundial as populações, as instituições e as pessoas. Contudo, as proporções desses impactos foram diferenciadas, considerando as condições econômicas, sociais e culturais de cada indivíduo, ou coletivas. Esta obra demonstra, portanto, essas implicações sobre um coletivo de sujeitos formado por estudantes do Curso de Pedagogia de uma universidade pública. Vive-se tempos de incertezas, onde a produção do conhecimento por meio da pesquisa pode ajudar a construir caminhos coletivos, para que se possa pensar alternativas para a transformações das práticas formativas, no sentido de que elas, por meio de um processo praxiológico, oriente no sentido de uma sociedade cada vez mais humanizadora.