DE LAGOA DAS CONCHAS À SANTA RITA DO TRIVELATO: MEMÓRIAS, NARRATIVAS E ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL

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Autor(es): dc.contributorUniversidade do Estado de Mato Grosso - Unemat-
Autor(es): dc.contributor.authorCARNEIRO DA SILVA, SIMONE-
Data de aceite: dc.date.accessioned2020-10-22T22:48:39Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2020-10-22T22:48:39Z-
Data de envio: dc.date.issued2020-05-
identificador: dc.identifier.otherDissertação de Mestrado-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/582583-
Resumo: dc.description.abstractO município de Santa Rita do Trivelato teve sua origem no contexto das políticas fundiárias de ocupação do norte do Estado de Mato Grosso, na década de 1970. O lugar que anteriormente era conhecido como Lagoa das Conchas foi colonizado por pequenos camponeses vindos do sul do país, mais especificamente do Paraná. Estes camponeses foram seduzidos pela promessa de terras férteis e baratas, ao mesmo tempo em que se viam obrigados a vender suas áreas no sul do país para os grandes latifundiários que estavam promovendo a mecanização da agricultura e ampliação das áreas de cultivo. No contexto da Doutrina de Segurança Nacional, cujo lema era “Integrar para não Entregar” por meio da representação elaborada sobre a “Fronteira Agrícola” que era anunciada como “terras livres” do estado, muitos migrantes deixaram suas famílias e uma vida de incertezas para plantar nas novas terras mato-grossenses sonhos e realizações. A Vila Trivelato era apresentada como o lugar das oportunidades, onde o progresso e o desenvolvimento já estavam acontecendo. A construção da BR -163 que passaria pela vila era esperada com muita expectativa, além da rodovia, a vila ainda seria contemplada com a construção de uma usina hidrelétrica no rio Teles Pires. Essa imagem construída pela Colonizadora Trivelatto, divulgada por meio dos corretores e da propaganda nas cidades do estado do Paraná, fomentou a colonização da Vila de Trivelato. No entanto, as dificuldades encontradas pelas primeiras famílias que chegaram a Vila de Trivelato fizeram com que muitos colonos desistissem de suas áreas, iniciando a segunda fase da colonização da vila. Dessa forma, existem na cidade dois grupos que requerem para si o lugar de pioneiros, forjando uma disputa entre a memória oficial representada no discurso daqueles que foram beneficiados pelo empreendimento, e a memória daqueles que não aceitam a memória oficial, contestando e questionando os discursos elaborados pelos grupos dominantes. A memória oficial busca criar uma identidade coletiva para os moradores da cidade, as falas dessa memória reforçam a cidade como terra das oportunidades, passando uma mensagem de que todos os que trabalham e são disciplinados conseguem vencer as dificuldades, sobretudo as financeiras, saindo da condição de empobrecidos emergindo um discurso que não representa as famílias que dizem ter chegado primeiro ao lugar e não tiveram sucesso com e na colonização. Ao estudar sobre a história local de Santa Rita do Trivelato ficou evidenciada a possibilidade de trabalhar nas aulas de história da rede municipal o ensino de história voltado para as narrativas produzidas pelos moradores da cidade, compreendendo como as narrativas que foram criadas tinham como objetivos instituir verdades e compondo uma história única, sem indagações e questionamentos. E a partir do trabalho com as fontes orais, elaboraremos outras histórias, outros enredos e outros significados.-
Tamanho: dc.format.extent1,6 MB-
Tipo de arquivo: dc.format.mimetypePDF-
Idioma: dc.language.isopt_BR-
Direitos: dc.rightsAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazil-
Licença: dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/-
Palavras-chave: dc.subjectProfHistória, ensino de história, memória.-
Título: dc.titleDE LAGOA DAS CONCHAS À SANTA RITA DO TRIVELATO: MEMÓRIAS, NARRATIVAS E ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL-
Tipo de arquivo: dc.typetexto-
Curso: dc.subject.courseMestrado Profissional em História-
Área de Conhecimento: dc.subject.disciplineHistória-
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