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| Metadados | Descrição | Idioma |
|---|---|---|
| Autor(es): dc.contributor.author | Monteiro, Solange Aparecida de Souza | - |
| Data de aceite: dc.date.accessioned | 2020-09-30T19:39:46Z | - |
| Data de disponibilização: dc.date.available | 2020-09-30T19:39:46Z | - |
| Data de envio: dc.date.issued | 2020-09-30 | - |
| identificador: dc.identifier.other | E-book | pt_BR |
| Fonte: dc.identifier.uri | http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/581170 | - |
| Resumo: dc.description.abstract | SE UM DIA AS MULHERES ENFURECESSEM Adriana Novais Em fúria não permitiriam que a televisão pautasse sua beleza. Em fúria faliriam todas as clínicas de estéticas. Jamais transariam sem vontade. Se um dia as mulheres se enfurecessem não aceitariam que o Estado regesse seu corpo. Em fúria decidiriam se queriam ou não, ter filhos. Em fúria não usariam roupas desconfortáveis em nome da aparência. Em fúria usariam apenas a que lhes dessem vontade. Em fúria não permitiriam que a outra apanhasse. Em fúria revidariam os tapas na cara, os chutes e os ponta pés. Em fúria não seria escrava em sua própria casa. Se um dia as mulheres se enfurecessem, calariam a boca dos padres e dos pastores que pregam o dever da sua submissão. Em fúria denunciariam todos os abusos cometidos nas igrejas, no trabalho, nas delegacias, nos hospitais e aqueles cometidos dentro das suas casas. Em fúria, ensinariam as filhas a se defenderem e os filhos a não estuprarem. Ah! Se um dia as mulheres se enfurecessem, escrachariam todos os companheiros de luta, dos partidos e movimentos, colocariam a nu seu machismo disfarçado no discurso revolucionário. Em fúria, ocupariam os jornais, as redes de televisão contra a misoginia e o racismo. Um dia, irmanadas numa grande fúria, todas elas, de todos os lugares, de todas as etnias, esmagariam todas as correntes da sua opressão. Esmagariam o Estado, a Igreja e a Propriedade As práticas sexistas podem decidir o que pertence ao mundo masculino e ao feminino, reguladas em estereótipos culturais arraigados desde a idade medieval como um padrão heteronormativo que deve ser seguido pela sociedade, se alguém desviar-se do prescrito será estigmatizado dentro do seu meio. Conforme os relatos de estudiosos nesse e-book, essas práticas são reforçadas na instituição escolar através da diferenciação que alguns docentes fazem do menino e da menina, na formação das filas, dos crachás e até mesmo nas escolhas dos brinquedos. Assim quando as crianças escolhem brinquedos que não são recomendados para o seu gênero conforme o padrão heteronormativo elas são repreendidas na família, na escola e na sociedade Finco (2003) aponta, [...] relacionar gênero e infância permite que possamos enxergar as múltiplas formas de ser menino e de ser menina que as categorizações não nos deixam ver. Nesse sentindo, proporcionaremos a esses meninos e meninas a possibilidade de serem eles mesmos e percorrerem novos caminhos vivenciando a infância na sua inteireza sem a interferência de ninguém padronizando um perfil como certo ou errado (FINCO, 2003). Para Louro (2000), descontruir essa forma de pensar desmistifica esses dois planos homem e mulher, retira-se esse pensamento de como se fossem dois polos diferentes e não pudessem ocorrer as interações entre eles. Essa proposta da desconstrução das dicotomias busca enfatizar estes dois polos não existem, ocorre uma pluralidade e, através dessas dicotomias pode ser um dos primeiros passos para um questionamento das relações de gênero levando ao fim do sexismo. Para a autora, existe uma lógica dualista que rege as polaridades, desmontando não apenas a ideia de que cada um dos polos masculino e feminino está presente um no outro, mas também que as oposições foram e são historicamente construídas. Esse processo de desconstrução não ocorre de maneira simples, mas ao longo prazo através de uma reflexão sobre as formas como as crianças se relacionam diante das diferenças de gênero na infância. É de extrema necessidade desconstruir a lógica binária na apresentação do mundo para as crianças: enquanto brinquedos e brincadeiras assumirem papéis de masculino ou feminino na escola estaremos fadados ao insucesso. Apesar de todas essas situações apresentadas estarem implícitas no dia a dia da escola e nas práticas pedagógicas de alguns docentes, a temática ainda é muito restrita, geradora de medo, desconhecimento e pouco científico. Deve-se sair do senso comum, do conservadorismo, do obscurantismo, sobrepondo-se a vigilância epistêmica, no agir de forma questionadora, enfrentando o que nos causa tanto receio e que nos destina a fortalecer recrudescimento, desfazendo mitos e tabus no sentido de disponibilizar um material de qualidade com temáticas que toquem aqueles que diariamente compõem e constroem o fazer pedagógico para emancipar por meio da educação e das meninas e dos meninos pode ser uma forma de florescer dentro dos muros das escolas. | pt_BR |
| Idioma: dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
| Palavras-chave: dc.subject | Gênero | pt_BR |
| Palavras-chave: dc.subject | Culturais | pt_BR |
| Título: dc.title | Relações de Gênero e as Subjetividades em Contextos Culturais 2 | pt_BR |
| Tipo de arquivo: dc.type | livro digital | pt_BR |
| Aparece nas coleções: | Livros digitais | |
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