OFICINAS EDUCATIVAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM DIREITOS HUMANOS

Abstract

As oficinas educativas, enquanto material educativo ou produto educacional, constantes nesse trabalho, originaram-se da dissertação de mestrado da autora. Material educativo é “um objeto que facilita a experiência do aprendizado; ou, se preferirmos, uma experiência mediada para o aprendizado” (KAPLÚN, 2003, p. 46). Para fins de esclarecimento, trata-se de um mestrado profissional, na área do ensino. Assim, além da parte dissertativa, comum ao mestrado acadêmico, há a necessidade da produção de um material educativo, nesse caso, oficinas educativas. Este material educativo foi elaborado com o objetivo de contribuir com a formação humanística das detentas, que são o público-alvo das oficinas educativas. Por isso, a partir do diálogo com essas mulheres encarceradas, buscou-se identificar quais temáticas elas gostariam/teriam interesse em aprender. Sendo assim, os assuntos a serem abordados nessas oficinas educativas, de forma ampla, são os direitos humanos. Todavia, os temas tratados, de forma restrita, foram escolhidos pelo público-alvo da pesquisa, as mulheres encarceradas na unidade Maria Júlia Maranhão, por meio do diagnóstico, em entrevistas semiestruturadas individuais. Pontua-se que a maioria dessas detentas possuíam Ensino Fundamental completo, poucas tinham cursado o Ensino Médio. A pesquisa desenvolveu-se no espaço não formal de ensino, em presídio. Desse modo, as mulheres não são obrigadas a participar das atividades propostas. Por isso, se a temática tratada parte do interesse dessas detentas, a probabilidade de elas participarem das oficinas é evidente. O referencial teórico básico sugerido, que pode ser estudado para a aplicação das oficinas educativas, encontra-se em slide próprio, após a sequência pedagógica de cada oficina, sob o título de “referência”. Neste produto educacional, constam 3 oficinas educativas com os seguintes temas: direitos humanos: origem e conceitos, cidadania e liberdade. Reitere-se que essas temáticas foram selecionadas pelas próprias detentas, por meio das entrevistas semiestruturadas individuais.