A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO MÉDIO TÉCNICO INTEGRADO DE TEMPO INTEGRAL NO IFG-FORMOSA

Abstract

O presente estudo discute a avaliação da aprendizagem no ensino médio técnico integrado em tempo integral do Instituto Federal de Goiás – campus Formosa. O objetivo geral é o de verificar como ocorre a avaliação e os objetivos específicos são: mapear os problemas enfrentados no modelo integral e verificar as práticas desenvolvidas no que tange à avaliação. Por fim, conforme exigência do Programa de Pós-Graduação em Ensino na Educação Básica objetiva-se ofertar um produto educacional – fruto da pesquisa – que será um minicurso ofertado à equipe pedagógica do IFG–Formosa – da qual a pesquisadora faz parte – com vistas a tratar a questão da avaliação. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários aplicados a estudantes e docentes. Diversos problemas foram mapeados a partir da análise das práticas desenvolvidas no modelo integral: ausência de documentos que tratem das especificidades do modelo integral; a organização temporal está aquém das necessidades; há acúmulo de atividades e de falta de tempo para se dedicar adequadamente a todas as disciplinas; há sofrimento físico e psíquico dos estudantes na tentativa de se adequar à rotina; os docentes adéquam a avaliação em nome do cumprimento de prazos, não podendo avaliar com liberdade; os estudantes elegem disciplinas para estudar; o estudo é aligeirado, voltado para a resolução de provas; a nota está no centro das preocupações dos estudantes; há a memorização mecânica em detrimento da aprendizagem; a avaliação se apresenta enquanto elemento de disputa, competição e comparação entre os estudantes; há uma proeminência do instrumento prova; não há uma construção democrática que permita que o estudante participe das decisões acerca da avaliação coletivamente; a relação professor-aluno sofre interferências ocasionadas pelas distorções da avaliação; as dependências (reprovações parciais) e as recuperações não tem cumprido adequadamente seus papeis. A hipótese assumida inicialmente – e constatada a partir dos dados obtidos – é que a organização do trabalho pedagógico, da forma como está estruturada no modelo de tempo integral, provoca, estimula ou amplia as distorções da avaliação da aprendizagem.