ENTRE PRESCRIÇÕES E PRÁTICAS: UMA PROPOSTA PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NO TRABALHO COM A QUESTÃO INDÍGENA NO ENSINO DE HISTÓRIA PARA AS SÉRIES INICIAIS NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

Abstract

A pesquisa propõe reflexões sobre os conteúdos e discursos da política pública educacional curricular para a disciplina de História, nos anos inicias do Ensino Fundamental I, no final da década de 2000. Será utilizado como fonte documental, para um estudo de caso, “O Currículo para Unidades da Rede Municipal de Ensino de São José dos Pinhais (2008)”. Pretendemos analisar o papel atribuído ao ensino de História, enquanto disciplina escolar, problematizando os conteúdos que foram apresentados como válidos ou importantes na formação da identidade étnica e racial dos alunos, refletindo sobre como a escola proporcionou o acesso a este conhecimento, a partir do conteúdo discursivo prescrito no currículo municipal. Nesta pesquisa iremos nos aproximar das Teorias do Currículo, apresentadas por Tomaz Tadeu da Silva (2017); as pesquisas de José Gimeno Sacristàn (2013) também serão utilizadas na definição do conceito de currículo e compreensão de suas dimensões. Pesquisadores como Circe Bittencourt (1992, 2003) e Rebeca Gontijo (2009) serão utilizadas para discutir a importância do ensino de História na Educação Básica Brasileira, o pesquisador João Pacheco de Oliveira (2016) embasará as reflexões sobre o lugar da História dos povos indígenas nesse ensino. Neste estudo, o currículo será entendido e analisado como campo de luta em torno da significação e da identidade. O produto final apresentado nesta dissertação será uma ementa para um programa de formação continuada das professoras da rede municipal de ensino intitulado “História e culturas indígenas do Paraná e de São José dos Pinhais no componente curricular História”.