Araguaya: potencialidades históricas e educacionais nas montanhas capixabas.

Abstract

Este material educativo integra uma pesquisa do Mestrado Profissional em Ensino de Humanidades, do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) – Campus Vitória, e faz parte das produções do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação na Cidade e Humanidades (GEPECH). A investigação “A Imigração em diálogo com o Ensino de História: as potencialidades da Vila de Araguaya para mediar às discussões sobre Memória, Cultura e Identidade” foi desenvolvida entre 2017 e 2019 e está vinculada à linha de pesquisa de formação de professores, cujo objetivo é apresentar o estudo sobre o acervo cultural presente na Vila de Araguaya, distrito de Marechal Floriano – ES, e seus espaços potenciais para dialogar com o ensino de história e memória da imigração para a região de montanhas do Espírito Santo, respeitando o recorte temporal dos fins do século XIX até a primeira metade do século XX, a partir de aulas in loco. A construção desse livro, enquanto material educativo, visa cumprir uma exigência dos mestrados profissionais na área de ensino e contribuir para práticas educativas problematizadoras apresentando o acervo cultural da Vila de Araguaya, por meio de uma proposta pedagógica temática baseada nos pressupostos da cidade educativa presente na pedagogia freireana.Objetiva ainda colaborar para que ocorram discussões sobre a imigração para o ES e haja estímulo à reflexão de alunos e professores a fim de favorecer a atuação desses sujeitos como (re)conhecedores de sua própria pertença histórica, sujeitos dotados de potencial para intervir na práxis social. Assim, este livro está organizado em capítulos, nos quais apresentam-se alguns conceitos, propostas e o potencial histórico e educativo do acervo cultural de Araguaya para o ensino de história. O capítulo I traz uma discussão sobre ensino de história e a importância dos estudos sobre historiografia local no que tange a perspectiva curricular, sob o título “A história da história ensinada: currículo, ensino e historiografia local”. No capítulo II, “Lembrar pra quê A memória imigrante na construção da identidade” foca-se em discorrer sobre a importância da memória para construir a identidade dos sujeitos e os respectivos significados identitários. O terceiro capítulo consiste em uma apresentação da história da imigração para o Brasil e para o Espírito Santo. O título do capítulo é uma referência ao sentimento de pertença histórica e territorial: “O cruzeiro do sul: a história da imigração para o ES, com foco nos imigrantes do Núcleo Colonial Castello”. No capítulo IV, intitulado “Uma vila, seu cotidiano e seus cinco museus em diálogo com a imigração. Benvenuto a Araguaya!”, analisa-se a historiografia da Vila de Araguaya, o potencial educativo dos seus museus e seu acervo cultural imaterial, para ensinar história por meio de aula in loco. Isto posto, este material se destina a todas as pessoas interessadas no tema, sobretudo aos professores que atuam na educação básica e que desejam explorar os espaços da Vila de Araguaya para ensinar a história da imigração para o nosso Estado no final do século XIX e primeira metade do século XX.