APRENDENDO PARA ENSINAR MATRIZES: ATIVIDADES DE ENSINO DE ESTUDANTE SURDO PARA ESTUDANTE SURDO NA EPT

Abstract

O presente produto educacional, uma demanda do Programa de Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), insere-se na linha de pesquisa Práticas Educativas em Educação Profissional, e sua tipologia na área de Ensino enquadra-se como Proposta de Ensino, de acordo com o documento da Área de Ensino (2013) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Este produto educacional destina-se a professores de cursos técnicos integrados ao Ensino Médio de Institutos Federais, mais especificamente aos do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio voltado ao ensino-aprendizagem de um conteúdo específico de Matemática - Matriz - para estudantes Surdos do Câmpus Gaspar do Instituto Federal de Santa Catarina. O produto, uma sequência de atividades de ensino a partir do tema gerador - Matriz - parte da premissa de que o estudante Surdo tem condições de aprender conceitos complexos desde que respeitadas suas especificidades, ou seja, que o professor aborde conceitos a partir da L1 (LIBRAS) do estudante, use materiais manipuláveis e recursos imagéticos variados, use a L2 (português escrito) do estudante como estratégia de apoio ao ensino e envolva o estudante em seu processo de aprender. Após a implementação e avaliação deste produto educacional em contexto real de ensino sugerimos aos professores: i) iniciar o planejamento de aulas a partir de um diagnóstico sobre o tema/conhecimento a ser aprendido ou habilidades a serem desenvolvidas; ii) interagir com o estudante Surdo em LIBRAS pessoalmente ou por meio de um intérprete de LIBRAS; iii) usar imagens para a compreensão de conceitos simples ou complexos, além de palavras-chave, de pesquisa no site de busca do google e de suas ferramentas, de vídeos no Youtube, de programas da TV INES; iv) planejar atividade de aprendizagem que envolvam ação do estudante: aprender fazendo; e v) trabalhar simultaneamente o português escrito em enunciados de atividades, marcando palavras-chave para a compreensão em maiúscula. Por fim, argumentamos que desconsiderar as especificidades do estudante Surdo é valorizar as barreiras que o impedem de avançar em seu desenvolvimento cognitivo, de aprender e de ter mais e melhores condições de interagir com a realidade que o cerca, inclusive com o mundo do trabalho.