A revolução cognitiva na manufatura: o papel da inteligência artificial na otimização do processo produtivo e na tomada de decisão estratégica

Abstract

Este capítulo examina a intersecção crítica entre a Inteligência Artificial (IA) e os processos produtivos no contexto da Indústria 4.0, com foco específico na transformação da tomada de decisão gerencial. A manufatura moderna está transitando de um modelo de automação reativa (Indústria 3.0) para um paradigma de otimização preditiva e autonomia cognitiva. Analisamos como a IA, alimentada por ecossistemas ciber-físicos (CPS) e dados massivos (Big Data) provenientes da Internet das Coisas (IoT), está reconfigurando as operações industriais. A pesquisa disseca a evolução da tomada de decisão, desde a análise descritiva até a prescritiva e, finalmente, a autônoma, onde os sistemas não apenas sugerem ações, mas as executam. Argumenta-se que a IA não é meramente uma ferramenta de eficiência, mas um novo estrato de inteligência organizacional que permite a gestão de complexidades anteriormente intratáveis. O papel do gestor, portanto, evolui da intervenção operacional direta para o design e governança de sistemas sociotécnicos. Este capítulo explora, através de uma lente que funde a gestão de sistemas de informação com a liderança empresarial, os desafios e as oportunidades estratégicas dessa sinergia, culminando em um estudo de caso prático sobre a implementação de manutenção preditiva e controle de qualidade autônomo. Conclui-se que a vantagem competitiva na Indústria 4.0 não reside na posse da tecnologia, mas na capacidade organizacional de integrar a inteligência humana e artificial para criar processos produtivos resilientes, adaptativos e auto-otimizáveis, demandando uma nova geração de líderes com fluência em dados e governança algorítmica.