Debates na Pós-Graduação: Educação, Práticas e Movimentos em Diálogo

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Autor(es): dc.contributorEditora Uniesmeropt_BR
Autor(es): dc.contributor.authorSilva, Sirneto Vicente da-
Autor(es): dc.contributor.authorOliveira, Diana Nara da Silva-
Data de aceite: dc.date.accessioned2025-12-15T14:28:40Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2025-12-15T14:28:40Z-
Data de envio: dc.date.issued2025-12-15-
identificador: dc.identifier.otherDebates na Pós-Graduaçãopt_BR
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/1133508-
Resumo: dc.description.abstractNas últimas décadas, a educação brasileira tem sido atravessada por intensos processos de reformulação e disputa entre projetos de sociedade: um voltado à reprodução do capitalismo e outro direcionado à transformação social e democrática. A promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), a criação da Base Nacional Comum Curricular e a Reforma do Ensino Médio, mais recentemente, em 2017, evidenciam o quanto o campo educacional tem se tornado palco de tensões entre perspectivas formativas divergentes. De um lado, a defesa de uma educação pública, democrática e emancipadora; de outro, o avanço de políticas neoliberais que reduzem o conhecimento a instrumento de produtividade e de controle, passível de medição em avaliações de larga escala. É nesse cenário que esta coletânea se insere, buscando oferecer uma leitura crítica e plural sobre os desafios e possibilidades da educação brasileira contemporânea. A obra “Debates na pós-graduação: educação, práticas e movimentos em diálogo” reúne textos de pesquisadoras e pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (UECE), vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino (PPGEEN), comprometidos com a análise das múltiplas dimensões que compõem o fazer educativo. O artigo que abre o volume, Educação Brasileira: um espaço em disputa, de Lucas da Silva Cunha, Sirneto Vicente da Silva e Carlos Rochester Ferreira Lima, propõe compreender a educação como campo de embates ideológicos, em que se confrontam diferentes projetos de sociedade e de formação humana. Em seguida, no artigo O conhecimento utilitário para crianças em processo de alfabetização: uma reflexão à luz da teoria histórico-cultural, Gerlaine Cristina Cavalcante Santiago, Maria da Conceição Pinheiro Gadelha Coelho e Sirneto Vicente da Silva discorrem sobre as políticas educacionais que enfatizam as avaliações padronizadas e um ensino voltado para competências e habilidades dos conhecimentos utilitários e pragmáticos. De tal modo, os autores analisaram o contexto teórico-pedagógico em que ocorre a aprendizagem dos conceitos científicos pelas crianças do ciclo de alfabetização, problematizando o controle permanente das avaliações padronizadas no cotidiano escolar. O diálogo com a infância continua no texto de Jandira Augusta Guimarães, Joana Andréia da Silva e Sirneto Vicente da Silva, intitulado O desenho e a brincadeira: elementos contributivos para o desenvolvimento da escrita simbólica na criança, o qual explora o potencial do desenho e da brincadeira como linguagens simbólicas fundamentais ao desenvolvimento da escrita, da imaginação e da expressão artística. Por sua vez, no artigo Os impactos na prática docente do professor de história frente a avaliação externa do SPAECE, Maria José Nunes Nepomuceno, Edí Carlos Rebouças de Oliveira e Francisco Wagner Soares Oliveira analisam as implicações das avaliações externas em larga escala – especialmente o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (SPAECE) –, no que tange à autonomia docente e à prática pedagógica no ensino de História. Um debate deveras necessário, considerando a padronização curricular, a pedagogia do controle, a precarização do trabalho docente e a tecnocracia na educação, consequências desse fenômeno que tem invadido a escola pública nas últimas décadas. De modo complementar, podemos afirmar que os autores Mara Dalila Maia Silva, Larissa Maia Silva e Carlos Rochester Ferreira de Lima, no artigo Reforma do Ensino Médio no Brasil: entre a flexibilização curricular e o projeto neoliberal de formação, problematizam e evidenciam a vinculação dessa etapa da Educação Básica ao projeto neoliberal de flexibilização curricular e à lógica da empregabilidade. Ainda tomando como norte o Ensino Médio, o diálogo entre educação e sociedade é retomado no artigo de Carla Gardênia da Silva Melo e João Paulo Guerreiro de Almeida, intitulado O processo de trabalho e a desnaturalização das dinâmicas sociais: uma proposta de sequência didática no ensino de Sociologia. A partir da pedagogia histórico-crítica, de Dermeval Saviani, os autores propõem práticas pedagógicas capazes de promover a consciência histórica e social dos estudantes no ensino médio, estimulando a reflexão sobre as relações de trabalho e as estruturas de desigualdade que moldam o cotidiano brasileiro. A coletânea também amplia o debate ao incluir dimensões sociais e culturais da formação humana. No artigo Educação e questões de gênero na atualidade: reflexões sobre o Movimento Red Pill e suas influências, Vanessa Brito Bessa e Diana Nara da Silva Oliveira tratam do impacto do Movimento Red Pill no imaginário contemporâneo por meio das redes sociais e dos discursos de ódio, ressaltando o papel da educação na construção de uma cultura de respeito, equidade e combate às opressões de gênero. No artigo Formação leitora e juventudes: caminhos e desafios didático-metodológicos na perspectiva de uma Educação Libertadora no Ensino Médio, as autoras Ana Kílvia Silva e Sandra Maria Gadelha de Carvalho reafirmam o legado freireano de uma educação crítica e libertadora, mediante a leitura do mundo (e de suas contradições) e da palavra. Por fim, no texto Juventude, trabalho e educação: a EJA como espaço de transformação social no Vale do Jaguaribe, os autores Joel Ivo de Sousa Araújo e Diana Nara da Silva Oliveira argumentam que a EJA, ao respeitar as singularidades de seus educandos, torna-se um espaço de emancipação e cidadania, contribuindo para democratizar o acesso ao conhecimento e à vida social. Reunindo diferentes olhares, metodologias e contextos, esta obra reafirma a centralidade da educação como prática social e política. Como bem nos alertou Karl Marx: “Se a aparência e a essência coincidissem, a ciência seria desnecessária”. Nesse sentido, calcado no materialismo histórico-dialético, mais do que um conjunto de textos fragmentados, o livro em tela constitui um mosaico de experiências e reflexões críticas que convidam à esperança, à ação e à produção científica engajada no interior do Ceará. - Prof. Dr. João Paulo Guerreiro de Almeida - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE campus Limoeiro do Nortept_BR
Tamanho: dc.format.extent1629pt_BR
Tipo de arquivo: dc.format.mimetypepdfpt_BR
Idioma: dc.language.isopt_BRpt_BR
Direitos: dc.rightsAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazil*
Licença: dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/*
Palavras-chave: dc.subjectPós-Graduaçãopt_BR
Palavras-chave: dc.subjectEducação, pesquisa e tópicos relacionadospt_BR
Palavras-chave: dc.subjectLiberdade na educaçãopt_BR
Título: dc.titleDebates na Pós-Graduação: Educação, Práticas e Movimentos em Diálogopt_BR
Tipo de arquivo: dc.typelivro digitalpt_BR
Curso: dc.subject.courseGrupo MultiAtual Educacionalpt_BR
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