Quando o cuidado adoece o cuidador: Burnout na enfermagem no período pós pandêmico

Abstract

O presente estudo analisa a ocorrência e os impactos da Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem no período pós-pandêmico. Destaca as causas, os fatores de risco e possíveis estratégias de enfrentamento. A metodologia adotada constitui-se em uma revisão integrativa de literatura de abordagem interdisciplinar, abrangendo publicações no campo da saúde e da crítica à organização estrutural do trabalho no período atinente à 2019 a 2025. Por meio da análise de dados realizada, restou demonstrado que o desenvolvimento da Síndrome de Burnout é multifatorial e decorre da relação do sujeito com a realidade em que está inserido. Identifica-se que a carga excessiva de trabalho, a responsabilidade constante pela vida do paciente, o contato diário com o sofrimento e a morte, a precariedade dos recursos e a falta de assistência especializada ofertada pelas instituições de saúde são fatores determinantes para o esgotamento profissional e para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout. O estudo correlaciona as condições vivenciada pelos profissionais de enfermagem às estruturas históricas de exploração laboral, evidenciando que o Burnout é um indicador de falha na saúde ocupacional. Os resultados obtidos reforçam a urgência em promover a saúde mental e a valorização da categoria, visando mitigar o risco e o comprometimento da qualidade da assistência. Propõe-se, por fim, recomendações para o enfrentamento institucional desse fenômeno.