Mulher do Amanhã: Uma Leitura Crítica da Trajetória Política e Institucional de Dilma Rousseff

Abstract

O estudo analisa criticamente a trajetória política e institucional de Dilma Rousseff, examinando sua relevância histórica como símbolo de resistência na consolidação democrática brasileira. Como problema central, investiga-se em que medida sua atuação, desde a militância contra a ditadura civil-militar até a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB/BRICS), reflete tensões estruturais entre memória, democracia e desigualdade de gênero. Adota-se como hipótese que a experiência política de Rousseff expressa um processo de resistência contínua que, embora enfrente tentativas de apagamento e deslegitimação, notadamente durante o impeachment de 2016, reafirma o papel da memória como instrumento de reconstrução institucional. A pesquisa, de caráter qualitativo e exploratório, fundamenta-se em revisão bibliográfica e análise documental de fontes acadêmicas, institucionais e jornalísticas. Os resultados indicam que a trajetória de Rousseff transcende o campo biográfico, configurando-se como uma narrativa de reconstrução democrática e de reconfiguração dos espaços de poder feminino. Conclui-se que a “mulher do amanhã” representa a permanência da resistência política como forma de memória ativa e a projeção de um novo paradigma de liderança feminina no cenário nacional e global.