Neuroregulação da Adesão Sustentada a Padrões Alimentares Plant-Based: Um Estudo sobre Plasticidade Comportamental e Modulação dos Circuitos de Recompensa Alimentar

Abstract

A adesão duradoura a padrões alimentares plant-based tem emergido como uma estratégia central na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), sobretudo por sua capacidade de modular processos neurobiológicos associados à recompensa alimentar, tomada de decisão e formação de hábitos. Este artigo investiga, sob uma perspectiva neurocientífica e comportamental, os mecanismos de plasticidade sináptica e autorregulação envolvidos no processo de manutenção de escolhas alimentares livres de produtos de origem animal, analisando como a dieta influencia vias dopaminérgicas, funções executivas do córtex pré-frontal e sistemas de autocontrole mediados por aprendizado reforçador. Estudos destacam que a motivação intrínseca, a neuroadaptabilidade do estriado ventral e a reconfiguração da percepção hedônica estão diretamente relacionadas à persistência da adesão alimentar de longo prazo, indicando que a nutrição plant-based não é apenas uma escolha dietética, mas um fenômeno de reprogramação comportamental sustentada por mudanças neurofuncionais mensuráveis. A pesquisa também propõe um modelo integrativo que considera simultaneamente fatores neurocognitivos, emocionais e ambientais, ampliando a compreensão da dieta como agente de neuroplasticidade treinável e interventivo no comportamento humano.