Vamos falar sobre a vacinação de gestantes com sífilis na unidade de saúde?

Abstract

A cartilha aborda a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da sífilis em gestantes, com foco na prevenção da transmissão vertical e da sífilis congênita. Ressalta que a doença é causada pelo Treponema pallidum e pode gerar graves consequências como abortamento, parto prematuro, morte fetal e infecção neonatal. No Brasil, a sífilis na gestação representa um relevante problema de saúde pública, com taxas crescentes nas últimas décadas. Orienta que toda gestante deve ser testada no primeiro e no terceiro trimestres do pré-natal, bem como no momento do parto ou em caso de aborto, incluindo a testagem das parcerias sexuais. O tratamento deve ser iniciado imediatamente após o primeiro teste reagente, sem aguardar confirmação, sendo a benzilpenicilina benzatina o fármaco de escolha. Esclarece ainda que, apesar do receio de muitos profissionais quanto a reações adversas, a maioria dos efeitos é leve e a ocorrência de anafilaxia é rara. Reforça que as equipes devem estar preparadas para manejar situações de urgência, dispondo de insumos básicos para o tratamento de anafilaxia. Por fim, destaca que a sífilis congênita é prevenível e que a eliminação da transmissão vertical depende do empenho dos profissionais de saúde da atenção primária, com testagem, tratamento oportuno e acompanhamento das gestantes e suas parcerias.