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| Metadados | Descrição | Idioma |
|---|---|---|
| Autor(es): dc.contributor | Editora Amplamente | pt_BR |
| Autor(es): dc.contributor.author | Gatinho, João Beneilson Maia | - |
| Data de aceite: dc.date.accessioned | 2025-08-09T15:10:46Z | - |
| Data de disponibilização: dc.date.available | 2025-08-09T15:10:46Z | - |
| Data de envio: dc.date.issued | 2025-08-07 | - |
| Fonte completa do material: dc.identifier | https://www.editoraamplamente.com/ebook-tayro | - |
| identificador: dc.identifier.other | Tayró: por nós e entre nós: diálogos interculturais na (re)invenção da universidade | pt_BR |
| Fonte: dc.identifier.uri | http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/1001447 | - |
| Resumo: dc.description.abstract | O presente livro nasce da crença de que a produção e a validação de saberes em contextos indígenas só podem ser compreendidas a partir de esforços acadêmicos que coloquem em diálogo os conhecimentos originários e as práticas universitárias. Neste volume, ancorando nos em resultados de projetos de produtividade acadêmica e de ações de extensão, procuramos dar voz efetiva aos povos indígenas dentro da universidade. Esses trabalhos empíricos adotam etnonarrativas nas línguas indígenas como abordagem metodológicas e estratégia de empoderamento desses sujeitos para revelar as tensões e potencialidades das práticas de ensino-aprendizagem em contextos interculturais. A obra é uma oportunidade para revisitarmos, à luz dos estudos decoloniais, os aportes de Mignolo (2004), Quijano (2010) e Walsh (2019), que denunciam a colonialidade do saber como estrutura epistemológica que hierarquiza e silencia epistemes não europeus. Os estudos sobre interculturalidade crítica desses pesquisadores, postulam que somente uma “interculturalidade como dispositivo político epistêmico” é capaz de desestabilizar as hierarquias do saber e promover diálogos horizontais entre saberes indígenas e não indígenas. Tal perspectiva nos convida a reconhecer as línguas, cosmologias e práticas pedagógicas indígenas não como meros objetos de estudo, mas como agentes centrais na (co)construção de mundos pluriversos . Propondo repensar trajetórias formativas que não apenas “solidarizem” saberes, mas que se reorganizem de modo a evitar a sobreposição eurocêntrica, contribuindo para a justiça epistêmica, o capítulo 1 - TAYRÓ - ALUNI-ELA : (Des)articulações epistemológicas em processos de formação de professores indígenas no Amazonas, aponta dois movimentos epistemológicos nos itinerários formativos de professores indígenas em contexto amazônico: a solidarização e a sobreposição. O capítulo 2 - “FALA PARENTE: Experiências acadêmicas de indígenas que acessam o ensino superior na UEA por meio da reserva de vagas- descreve as duas modalidades de políticas afirmativas de acesso ao ensino superior para indígenas (Licenciatura Intercultural e Vagas Suplementares) e analisa, via entrevistas semiestruturadas e etnonarrativas, os desafios de permanência desses sujeitos na universidade. Os deslocamentos geográfico e logístico das comunidades às sedes universitárias, a baixa proficiência em língua portuguesa como segunda língua, a ausência de ações para acompanhamento acadêmico e a consequente evasão estão entre os principais entraves apontados. O capítulo 3 - PARA ALÉM DA LÍNGUA: Posicionamento(s) das línguas indígenas nas cosmologias e modos de vida indígenas- inspirado na teoria ator-rede, proposta por Bruno Latour (2004) e nos estudos etnoecológicos, o capítulo discute como a(s) língua(s) indígena(s) atuam como agente(s) híbrido(s), participantes de redes que conectam humanos, espíritos, animais e elementos naturais. Utilizando exemplos de duas etnias do Estado do Amazonas, as análises propõem que a língua(gem) transcende a mera comunicação, configurando-se como prática de mundo, da mesma forma que rituais, cantos e silêncios configuram formas de “fala” que (co)constroem realidades plurais. Compreender a língua(gem) nessa perspectiva implica incorporar práticas orais ancestrais e envolver anciãos nas atividades escolares, redesenhando o currículo como espaço político cosmológico. O capítulo 4 - RE(EXISTIR) PELA LÍNGUA(GEM): Da colonialidade linguística à hierarquia silenciadora na universidade- partindo da análise discursiva de etnorrativas de estudantes indígenas, o capítulo evidencia como a imposição do português e a desvalorização da oralidade reforçam a colonialidade do saber na universidade. Evidencia também que as estruturas acadêmicas consideram as línguas indígenas apenas como objeto de estudo, promovendo a invisibilização das cosmovisões indígenas e silenciamento de seus modos de produção e validação de conhecimento. As discussões apontam a necessidade de se transformar a universidade em “território de re(existência)” e “diálogo cosmopolítico”, onde línguas indígenas sejam vivas, atuantes e centrais na produção acadêmica. As discussões propostas ao longo dos capítulos oferecem aos leitores pistas metodológicas e políticas para repensar a formação de professores, a elaboração de currículos interculturais e o desenhar de políticas de permanência que verdadeiramente valorizem os múltiplos saberes indígenas. Este livro, portanto, configura-se como um convite aberto — tanto a pesquisadores (as) indígenas quanto a não indígenas — para experienciarem e gestarem coletivamente a interculturalidade que Walsh propõe como uma práxis que valoriza a reciprocidade, a simetria e o cuidado epistemológico. Ao percorrer trajetórias de “solidarização” e “sobreposição” epistemológicas nos cursos de formação de professores indígenas, a obra aponta para a urgência de uma universidade que se reconheça como espaço de justiça epistêmica, capaz de articular saberes ancestrais e acadêmicos em redes dialógicas e transformadoras. João Beneilson Maia Gatinho | pt_BR |
| Tamanho: dc.format.extent | 1000 | pt_BR |
| Tipo de arquivo: dc.format.mimetype | pt_BR | |
| Idioma: dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
| Direitos: dc.rights | Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazil | * |
| Licença: dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/ | * |
| Palavras-chave: dc.subject | Indígenas - Educação superior - Amazonas | pt_BR |
| Palavras-chave: dc.subject | Professores indígenas - Amazonas | pt_BR |
| Palavras-chave: dc.subject | Formação de professores - Amazonas | pt_BR |
| Palavras-chave: dc.subject | Multiculturalismo | pt_BR |
| Título: dc.title | Tayró: por nós e entre nós: diálogos interculturais na (re)invenção da universidade | pt_BR |
| Tipo de arquivo: dc.type | texto | pt_BR |
| Aparece nas coleções: | Textos | |
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