A narrativa (auto)biográfica e ficcional como modos outros de habitar a pesquisa em educação

Abstract

Ao acolhermos e adotarmos a Perspectiva Ecologista de Educação, procuramos discutir aspectos teóricos metodológicos alusivos ao processo de formação docente entrelaçando “nós” sobre narrar e pesquisar, na dinâmica da pesquisa (auto)biográfica. O presente artigo tem como eixo central destacar e discutir noções conceituais no campo das narrativas e (auto)biografias, como possibilidades de projetar-planejar-pensar-fazer pesquisas em diferentes segmentos e inovações da educação. Algumas de nossas reflexões nos inserimos em um conjunto de discussão que levou aos seguintes questionamentos: O que é narrativa ficcional? Qual a importância das narrativas nas pesquisas científicas? As narrativas são capazes de provocar transformação? Qual a contribuição da pesquisa autobiográfica na construção do fazer-saber? A metodologia é fundamentada em discursos de pesquisa narrativa, tendo como objeto de estudo, a experiência dos participantes e esta é comprovada e expressa também de modo narrativo. A discussão explicitada destaca princípios epistemológicos e metodológicos da abordagem qualitativa de pesquisa, como estímulo para se pensar a formação docente, fazendo uso da partilha de conhecimentos e das histórias pessoais, patenteando saberes e experiências por vezes, silenciosas, construídas sobre si e a vida-pessoal-profissional em formação. Na contemporaneidade, as narrativas e as autobiografias edificadas por meio de ações colaborativas revelam modos outros de pensar e fazer ciência com produção de sentidos e de subjetividades.