EDUCAÇÃO MUSICAL INCLUSIVA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Abstract

A presente pesquisa está vinculada ao Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Humanidades (PPGEH) do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), na linha de pesquisa “Formação de Professores em Ensino de Humanidades”, e integra-se à linha temática “Ensino de Humanidades e Educação Especial”. O estudo investiga as práticas em Educação Musical Inclusiva dos professores de música que atuam na Educação Infantil, considerando os desafios e as possibilidades da inclusão de estudantes do público da Educação Especial (PEE) através do ensino da música. A pesquisa realizada teve uma abordagem qualitativa, de ação colaborativa, tendo como público-alvo professores Dinamizadores de Artes, licenciados em música, que atuam em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Vitória/ES, e que lecionam para turmas em que há crianças com deficiência. Para a coleta de dados, foram utilizadas três principais estratégias: entrevistas semiestruturadas, observações de aulas ministradas pelos professores, e ações colaborativas entre o pesquisador e os professores. O estudo baseia-se em autores como Viana (2015), Piekarski (2014; 2020) e Soares (2022), que destacam a formação docente voltada à inclusão de alunos com deficiência em escolas de ensino regular. Além disso, buscou-se dialogar com a Psicologia Histórico-Cultural de Vigotski (2018; 2021a; 2021b), destacando o desenvolvimento do professor como um processo de aprendizagem contínuo, mediado por interações sociais. Assim, buscou-se a troca de saberes e a construção conjunta de soluções para os problemas do cotidiano docente. Entre os resultados da pesquisa, foram evidenciadas a carência de uma formação continuada dos professores de música, voltada especialmente para a relação entre a Educação Especial e Inclusiva e a Educação Musical, demonstrando a necessidade de se investir em formações docentes que ampliem seus conhecimentos e possibilitem a reflexão crítica sobre suas práticas, sob uma perspectiva inclusiva. Nesse contexto, a pesquisa reafirma a importância de estratégias pedagógicas flexíveis e de um planejamento cuidadoso, de forma que o ensino musical possa emergir como uma ferramenta potente para fortalecer laços afetivos e enriquecer o processo educativo, promovendo a inclusão.