Educação Indígena: experiências escolares do povo Tremembé de Queimadas e Almofala dos municípios de Acaraú e Itarema/Ceará

Abstract

Este livro, intitulado "Educação Indígena: Experiências Escolares do Povo Tremembé de Queimadas e Almofala dos Municípios de Acaraú e Itarema/Ceará," foi escrito por Manoel Aristeu de Freitas. O autor explora as experiências educacionais do povo Tremembé nessas regiões do Ceará, com foco na educação indígena. A dissertação foi apresentada à Comissão de Avaliação da Faculdade Interamericana de Ciências Sociais como requisito para a obtenção do título de Mestre em Ciência da Educação e Multidisciplinaridade. O orientador do autor foi o Prof. Dr. Jose Jakson Amancio Alves Assunção.

O livro aborda os povos indígenas no Brasil, com ênfase no estado do Ceará e nas cidades de Acaraú e Itarema, destacando também a Nação Indígena Tremembé. Além disso, são discutidas questões relevantes relacionadas às escolas indígenas de Tremembé e Queimadas, com o uso de métodos de pesquisa que proporcionam resultados consideráveis.

Destaca-se a complexidade da situação do ensino e da aprendizagem dos povos Tremembé de Queimadas e Almofala. Isso se deve, em primeiro lugar, à dificuldade de dominar os novos processos da educação escolar indígena e, em segundo lugar, às fragilidades objetivas e subjetivas relacionadas à realidade do trabalho docente nessa área.

A obra argumenta que para aumentar a autopercepção do aluno como ser humano e cidadão, é crucial focar no engajamento discursivo do aprendiz, ou seja, em sua capacidade de se envolver no discurso de forma a agir no mundo social. Para isso, é fundamental que o ensino e a aprendizagem dos povos Tremembé de Queimadas e Almofala sejam orientados pela função social desse conhecimento na sociedade brasileira e no mundo, considerando as especificidades linguísticas e as condições existentes no contexto escolar.

O livro também incorpora a percepção dos professores sobre o ensino em uma educação diferenciada para a população indígena, destacando as experiências vivenciadas na escola. A base legal para a educação escolar indígena no Brasil, incluindo a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Plano Nacional de Educação, entre outros, é discutida como parte do contexto.

Os resultados de questionários aplicados aos professores revelam as diferenças entre uma escola indígena e as demais, bem como a percepção dos professores sobre a necessidade de uma educação diferenciada para essa população.

No entanto, o livro ressalta que ainda existe uma lacuna entre o trabalho do professor e a compreensão curricular necessária para a educação diferenciada indígena. Destaca-se a importância da formação contínua dos professores para se adequarem ao contexto em que estão inseridos.

Em suma, o livro contribui para o entendimento das experiências do povo Tremembé, com base na percepção dos professores, e destaca a necessidade de avanços na legislação, na formação de professores indígenas e na oferta de educação escolar diferenciada para essa população, representando um passo importante na educação indígena no Ceará.