Anais do VII Simpósio Internacional Diálogos na Contemporaneidade

Abstract

O VII Simpósio Internacional Diálogos na Contemporaneidade: A (re)descoberta do mundo: em busca do comum, realizado de 18 a 20 de outubro de 2021, na Universidade do Vale do Taquari - Univates, em Lajeado/RS reúne, ao final desta edição, as comunicações científicas, os relatos de experiência e os artigos que contribuíram nos debates que se estabeleceram nesses dias. Neste volume reunimos a versão digital dos trabalhos aprovados e apresentados, visando sua divulgação. Os diálogos, elaborados em sete eixos, teceram diferentes perspectivas propostas pelos organizadores do evento e os autores participantes. Estes foram: 1. Complexidades e Transversalidades; 2. Educação, Comunicação e Tecnologias; 3. Arte, Corpo e Linguagens; 4. Filosofia e Direitos Humanos; 5. A pandemia de coronavírus e seus efeitos nos modos de ser humano; 6. Identidades, Gênero e Cultura; e, 7. Política pública, Estado e Mercado: Uma nova governança para os bens comuns? Esses Anais reúnem um total de 59 comunicações científicas, 30 relatos de experiências e 11 trabalhos completos apresentados. Esses textos que foram submetidos por pesquisadores de diversas áreas do conhecimento e diferentes regiões do Brasil e engrandeceram as interações durante os “Diálogos”. O evento, que é bienal, se institui na intenção de provocar a interlocução entre estudantes e docentes dos diferentes cursos e áreas de conhecimento, envolvendo graduação e pós-graduação e também a comunidade. O VII Simpósio Internacional Diálogos na Contemporaneidade proporcionou o encontro aos pesquisadores e participantes do conferencista Itamar Vieira Junior e 19 painelistas que se propuseram a ampliar o diálogo, tendo sido realizado de forma virtual em decorrência da pandemia. Perdemos um pouco em relação aos contatos pessoais que são potencializados quando dos encontros presenciais, por meio da troca de olhares, risos e conversas durante os intervalos entre uma e outra atividade mas, aproximamos lugares, permitimos a participação de pessoas de diversos locais do país e também de palestrantes do outro lado do mar e diminuímos em muito os impactos ambientais(afinal, não praticamente não ocorreram deslocamentos), talvez uma das principais questões em um planeta que precisa mais do que nunca que façamos nossa parte! O tema desta edição, onde Clarice Lispector foi a inspiração, não poderia ser mais adequado ao momento! Afinal, em um mundo que experimenta constantes (r)evoluções tecno-científicas, onde as perspectivas, os cenários e as possibilidades mudam constantemente, pandemias demarcam espaço na história, surge o desafio de resgatar o humano e também o comum, aqui compreendido como o local de encontro com o outro, o local de compreensão do outro, de existir com o outro, na busca de sentido para humanidade e na procura por uma ética que dê conta da complexidade e dos diversos paradoxos existentes. O esgotamento do modelo que tem como elemento-chave o indivíduo liberal fica cada vez mais evidente neste mundo e, impõe como desafio, ou ainda como alternativa política e social, a (re)descoberta da convivência em novos espaços coletivos que consideram os processos interculturais da formação humana, assim como as diferenças existentes, afinal, aproximação e distanciamentos, coalizão e colisão, comunhão e descomunhão fazem parte da história da humanidade. As ideias de comunidade que se aliam à proposta de configuração do comum fazem ainda mais sentido em um contexto no qual o Estado demonstra não conseguir mais atender a todas as demandas, exigindo desta forma meios de organização social capazes de dar consecução aos objetivos comuns. O tema proposto para a sétima edição do evento também tem forte relação com o perfil da instituição, que se caracteriza como uma Universidade comunitária e que busca na comunidade a essência do fazer. Foram 03 dias de evento, envolvendo painéis, oficinas, manifestações artísticas e espaços destinados a compartilhar experiências de pesquisas acadêmicas. Dentre as novidades desta edição pode-se citar além é claro da virtualização já referida, a possibilidade de apresentação de relatos de experiência, onde pessoas da comunidade,sem vínculo acadêmico, puderam compartilhar suas vivências, e também a existência de um mural interativo na página do evento. Aos colaboradores aqui listados, um agradecimento especial, e também a equipe de funcionários técnico administrativos do Setor de Eventos, Setor de Marketing, Área de Ciências Humanas e Sociais, da Univates. Aos autores agradecemos a confiança na submissão de seus trabalhos. À Comissão Científica, que, com esmero, avaliou cada um dos trabalhos, qualificando a composição científica que aqui fica registrada, agradecemos. Aos que se envolveram participando de encontros e se somaram como parceiros, de modo geral, aos que se dispõem a dar continuidade a estes diálogos em futuros eventos, agradecemos também. À Fapergs por apoiar o presente evento por meio do fomento para fins de publicação dos Anais. E para finalizar desejamos que os espaços de diálogo, abraço, acolhimento, fraternidade e do olhar sensível que fizeram parte do evento, se projetem nos mais diversos ambientes e que a cultura da paz e do amor se sobressaia ao ódio e a falta de cuidado!