SEQUÊNCIA DIDÁTICA DE GÊNEROS TEXTUAIS: O ENFOQUE NA PRÁTICA REFLEXIVA DOCENTE EM SALAS DE ALFABETIZAÇÃO ALFABETIZAÇÃO EM FOCO: DIALOGANDO COM A SEQUÊNCIA DIDÁTICA DE GÊNEROS TEXTUAIS

Abstract

Muito se tem falado sobre a formação continuada em serviço ou em processo, principalmente ao que tange evidenciar os professores e seus saberes. As possíveis reflexões têm como lócus a prática educativa, trazendo questões que perpassam a profissão docente.

Todavia, sendo a escola o local que permite a interação entre diversos grupos e nessa dinâmica também está o professor - que anseia por compartilhar e se apropriar de saberes, são as relações que se estabelecem nesse ambiente que vão possibilitando a constituição do saber do sujeito, sobretudo o seu desenvolvimento social, pois a apropriação do conhecimento, socialmente construído pela humanidade, efetiva-se na interação entre membros representantes da cultura e no interior de práticas sociais. E, em nossa sociedade, essa apropriação se dá nas esferas do cotidiano e em instituições criadas para este fim, como a escola. Dentro dessa perspectiva, a formação continuada, entendida como parte do desenvolvimento profissional que acontece ao longo da atuação docente, e está inserida no ambiente escolar, pode possibilitar um novo sentido à prática pedagógica, trazendo novos contextos, permitindo articular novos saberes na construção da docência, dialogando com os envolvidos no processo que envolve a formação (IMBERNÓN, 2010).

Sacristán (1999) já destacava a relevância da formação continuada ao ressaltar que “o debate em torno do professorado é um dos polos de referência do pensamento sobre a educação, objeto obrigatório da investigação educativa e pedra angular dos processos de reforma dos sistemas educativos” (SACRISTÁN, 1999, p. 64).

Dessa forma, promover espaços, dentro da escola, para o diálogo e a formação em serviço ou em processo, por meio da prática pedagógica reflexiva, que é aquela marcada pelo desejo de mudanças e pela busca e implementação de novos

valores que venham a dar uma nova direção à prática social, fazem com que o profissional se mantenha vivo, energizado, atuante no seu espaço histórico, crescendo no saber e na responsabilidade profissional e pessoal de cidadão.

Claro que, entende-se que tornar-se professor é um processo de longa duração, de novas aprendizagens e sem um fim determinado (NÓVOA, 1999), pois afinal, “ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática” (FREIRE, 1991, p. 589).

Portanto, pensar e agir dessa maneira são ações necessárias a todo profissional da educação, uma vez que as ações promovidas em espaços de diálogo contribuem para a sua autorreflexão e auxiliam em sua prática pedagógica e, consequentemente, promovem subsídios para os problemas apresentados pela escola, bem como favorece o seu crescimento individual e profissional.

Diante desse contexto, acredita-se que a formação continuada realizada na escola seja uma das alternativas para a melhoria da qualidade do processo de ensino e de aprendizagem, pois, além de contribuir com a reflexão e a possível modificação ou não da prática pedagógica, ela é feita a partir das necessidades e dos interesses dessa comunidade.

Sendo assim, atendendo aos interesses e aos problemas comuns a toda comunidade, poderá ser a formação continuada, no cotidiano da escola, um caminho mais seguro na transformação da realidade escolar.